
03 de agosto de 2010 | 00h00
O debate na televisão, neste momento, tem mais peso para os próprios candidatos e para a militância partidária que para o eleitor. Serra insistirá na estratégia antipetista para se contrapor a Dilma? A petista cairá em típicas armadilhas das retóricas eleitorais, que escapam ao controle de estatísticas dos gabinetes? Marina ficará neutra? São as respostas a tais indagações que dão relevância a esse confronto midiático.
Para Dilma, por exemplo, trata-se de uma experiência totalmente nova, por ser sua primeira disputa eleitoral. Não por acaso os candidatos reservaram tempo na turbulenta agenda para se preparem, cada um a seu estilo. Óbvio que nenhum deles quer colocar em risco a própria imagem quando a campanha começa a esquentar.
Esse debate, porém, dificilmente terá peso na cabeça do eleitor a ponto de alterar o cenário já captado pelas pesquisas. A "arena" na TV Bandeirantes começa às 22h, quinta-feira, simultaneamente à semifinal da Libertadores (São Paulo X Internacional). A média de audiência de 7 pontos (cada ponto equivale a 60 mil residências). Ou seja, numa hipótese otimista só cerca de 1% do total do eleitorado assistirá ao debate.
É JORNALISTA DE "O ESTADO DE . PAULO"
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