
11 de junho de 2009 | 01h24
Os primeiros 16 corpos de vítimas chegaram no início da noite desta quarta-feira a Recife. Mas o desembarque, previsto inicialmente para às 15 horas, só ocorreu após as 21 horas. O trabalho inicial de perícia feito em Fernando de Noronha demorou além do previsto, segundo o comando militar. Esperava-se uma média de duas horas para análise de cada corpo e estão sendo necessárias três horas.
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No Instituto de Medicina Legal, localizado no bairro de Santo Amaro, região central da cidade, a movimentação em torno da chegada dos corpos era grande desde a manhã e chamou a atenção de quem mora, trabalha ou simplesmente estava passando pelo local. Um forte aparato montado pelas Polícias Civil e Militar impedia o acesso de curiosos e da imprensa à área ao redor do instituto.
Mas nem isso foi o suficiente para que homens, mulheres e até crianças subissem em cadeiras, muros e árvores, na tentativa de flagrar algum movimento no interior do IML. Algumas pessoas portavam câmeras. A expectativa é de que as primeiras informações sobre os corpos comecem a ser divulgadas na tarde desta quinta-feira.
O IML pernambucano também tem recebido diversos reforços. Nesta quarta-feira, chegaram sete peritos da Paraíba, sendo três auxiliares de legista, três odontolegistas e um médico legista. Outros dois peritos da Polícia Federal também desembarcaram na capital pernambucana para auxiliar os outros cinco que estão desde a semana passada no Estado.
Além disso, uma equipe composta por cinco legistas que vieram da França, entre eles um biólogo, um dentista e um especialista em reconstrução de impressões digitais, desembarcou na noite de segunda-feira passada. O grupo já coletou todo o material genético dos familiares dos 72 franceses que estavam a bordo. A equipe da França, segundo informações repassadas pela Polícia Federal, já teria atuado em identificação de vítimas do tsunami ocorrido na Ásia e diversas outras catástrofes.
O papel que os franceses terão nos trabalhos de identificação, no entanto, ainda não ficou claro. Reservadamente, um policial da PF afirma que o grupo vai orientar os peritos locais sobre técnicas modernas para garantir a obtenção do máximo possível de dados sobre os corpos, independentemente de exames de DNA.
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