Prisão preventiva de bombeiros grevistas é anulada no Rio

Durante greve, cerca de 70% dos guarda-vidas chegaram a deixar os postos de salvamento

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - A juíza Ana Paula Monte Figueiredo, da Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, revogou nesta sexta-feira, 20, as prisões preventivas dos cinco bombeiros apontados como líderes do movimento grevista da corporação no Estado. Em 13 de maio, a juíza expediu os mandados alegando que os bombeiros vinham incitando "a prática de crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência".Quatro deles se entregaram na terça-feira, 17: o major Luiz Sergio Lima, o capitão Alexandre Marchesini, o primeiro-sargento Valdenei Duarte e o cabo Benevenuto Daciolo. O capitão Lauro César Botto estava preso desde o dia da decisão. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), a decisão de revogar as prisões atendeu pedido da Defensoria Pública do Estado. Na decisão de hoje, a juíza afirma que os militares "cessaram as práticas de incitamento a crimes militares diversos", e por isso as prisões não são mais necessárias.Ela afirma ainda que a prisão ocorreu somente para garantir a ordem pública, que estava em risco devido aos "inúmeros descumprimentos de missão". Durante a greve, cerca de 70% dos guarda-vidas chegaram a deixar os postos de salvamento.Greve. Os militares voltaram ao trabalho na terça-feira. Depois de reunião com representantes do movimento grevista, a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) exigiu o fim de qualquer tipo de manifestação por parte dos militares. Segundo a Sesdec, está marcada para a próxima terça-feira, 25, uma reunião entre o Comando-Geral dos Bombeiros e as lideranças do movimento, para a apresentação das reivindicações.

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