Prisão reforça vigilância para deter mulher de Abadía

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Por Josmar Jozino
Atualização:

Cautela máxima. Essa é a observação feita na ficha qualificativa da presa Yessica Paola Rojas Morales, de 28 anos, natural de Cartagena, Colômbia. Ela é mulher do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, de 47 anos, extraditado em 22 de agosto de 2008 para uma prisão nos Estados Unidos. Os funcionários da Penitenciária Feminina de Sant?Ana, no Carandiru, zona norte da capital, foram orientados a redobrar a atenção com a presidiária, mantida em cela individual. O temor vai desde um eventual resgate a uma possível retaliação por parte de outras detentas. Yessica e Abadía foram presos em agosto de 2007. Ela passou a correr riscos na prisão porque o marido decidiu colaborar com a Polícia Federal para garantir o benefício da delação premiada e a extradição. A detenta ficou 1 ano e 10 meses no seguro (isolamento). De acordo com agentes penitenciários, a colombiana também tenta obter no Supremo Tribunal Federal a extradição para os Estados Unidos. Já o advogado dela, Eugênio Carlos Balliano Malavasi, negou essa informação. A presa ocupa sozinha uma cela de 9 m² no maior presídio feminino da América Latina. No xadrez adaptado, há banheiro com chuveiro de água quente, lavatório, uma cama e uma TV em cores. Em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, Yessica e Abadía moravam numa casa com quatro suítes, avaliada em R$ 2 milhões, quando foram detidos. A cela não fica nos três pavilhões da unidade, mas no corredor perto da administração e do gabinete da diretoria. Ela cumpre pena longe das outras 2.694 presidiárias. A Justiça Federal a condenou a 11 anos e 6 meses de prisão. Na cadeia, trabalha como arquivista no Centro Integrado de Movimentações e Informações Carcerárias (Cemic).

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