Privatização não resolveu problemas nas linhas

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Por Redação
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Controlada por um consórcio espanhol, a Supervia assumiu a gestão da malha ferroviária da região metropolitana do Rio em novembro de 1998, dois anos após um dos mais graves acidentes do sistema, na Estação de Japeri, com 15 mortos e 32 feridos. A companhia diz ter investido, até 2006, quase R$ 400 milhões na modernização da malha. A privatização, porém, não resolveu os problemas com acidentes e atropelamentos nas linhas férreas do Grande Rio. A Supervia já recebeu pelo menos duas multas da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio (Agetransp) por falhas no sistema que levaram a acidentes. Em janeiro de 1999, 4 pessoas morreram e 34 ficaram feridas no choque entre dois trens em Piedade, na zona norte do Rio. Um ano depois, outro choque, desta vez em São Cristóvão, também na zona norte, deixou 58 feridos. Em fevereiro de 2001, uma composição de quatro vagões invadiu a plataforma de embarque da Estação Leopoldina, destruiu duas pilastras e deixou 12 feridos. Já em agosto de 2004, 47 pessoas se feriram no choque entre dois trens no Ramal de Japeri. A empresa é criticada ainda pela falta de segurança na linha férrea e a má sinalização em passagens de nível, que já provocou uma série de choques entre trens e veículos. Em 2004, pelo menos três pessoas morreram atropeladas ao tentar atravessar os trilhos, depois de passar por um buraco nos muros ao longo da via. Em março, um trem matou duas jovens que andavam pelos trilhos. O pior acidente registrado no Rio ocorreu em maio de 1958, com 130 mortos e 200 feridos no choque entre dois trens na Estação de Mangueira, na zona norte.

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