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Pró-reitora, professor e prefeito da UFMT são mortos

Polícia investiga se crime cometido em Rondonópolis foi motivado por roubo ou vingança

Por Nelson Francisco e e Carlos Orsi
Atualização:

Três funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram assassinados na madrugada desta quarta-feira, 28, em Rondonópolis, no sul do Estado. A pró-reitora do campus universitário da região Sul, Sorahia Miranda Lima, de 41 anos, o prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo, 44, e o professor do curso de zootecnia, Alessandro Luís Fraga, 33, foram mortos a tiros por um homem encapuzado, em frente à casa de Sorahia, no bairro Colina Verde. O triplo homicídio chocou a população de Rondonópolis. Até o começo da tarde a polícia não tinha pistas do assassino. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga as hipóteses de latrocínio, crime passional ou 'queima de arquivo' para esclarecer as mortes dos servidores da UFMT. O comandante do 5.º Batalhão da Polícia Militar, Alessandro Ferreira Nunes, informou que parentes da professora teriam afirmado que ela estaria recebendo ameaças de morte. Segundo ele, uma testemunha disse à polícia que o assassino usava camisa vermelha, capuz e calça jeans. Ele não pronunciou nem uma palavra. Apenas se aproximou do veículo deu um tiro no motorista, dois no professor e dois na professora, fugindo em seguida em direção a um matagal. Segundo o delegado de polícia de Rondonópolis, João Pessoa, "a pró-reitora e o professor morreram na hora, e o terceiro veio a falecer depois". Nos primeiros depoimentos, familiares disseram à polícia que a professora estaria em processo de separação litigiosa. Informalmente, amigos contaram que ela estaria investigando uma série de irregularidades no campus da UFMT em Rondonópolis. "Parece muita violência para tão pouco patrimônio envolvido", disse Pessoa. Os corpos foram deixados no carro, que não foi levado. A perícia policial sugere que o crime foi cometido por uma arma de cano curto - revólver ou pistola. Aventa-se ainda a possibilidade de que o crime tenha ligações com o processo de desapropriação de uma fazenda que era de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PPC), e que pertence à União. Ela queria usar a área para implantar um campo experimental da instituição de ensino. Chocado com a tragédia, o reitor da UFMT, Paulo Speller, espera que a polícia esclareça o crime. "Lamento profundamente o que ocorreu em Rondonópolis com três pessoas valorosas", disse Speller, que pediu à Polícia Federal para investigar o crime. Speller afirmou que não pode fazer pronunciamentos enquanto a polícia não concluir suas investigações, mas acrescentou que a reitoria fará todos os esforços para que os crimes sejam solucionados e que a Polícia Federal também está investigando o caso. Os corpos da professora e do motorista foram sepultados em Rondonópolis. O do professor Alessandro Luís Fraga, foi levado para Catanduva (SP), onde mora a família. Matéria ampliada às 14h29

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