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Procuradores de São Paulo paralisam atividades

Por Agencia Estado
Atualização:

Centenas de procuradores do Estado de São Paulo vão paralisar suas atividades hoje em protesto contra as precárias condições de trabalho a que vêm sendo submetidos, informou o Sindicato dos Procuradores do Estado, das Autarquias, das Fundações e das Universidades Públicas do Estado de São Paulo. Os advogados da Procuradoria vão se reunir em uma tenda na Praça João Mendes, centro de São Paulo, para fornecer orientação jurídica gratuita, das 10h às 15h30. Além disso, será distribuído um manifesto em que relatam sua situação de trabalho. O documento será encaminhado à Assembléia Legislativa e também à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção São Paulo. Segundo o sindicato, enquanto cresce a cada dia o número de ações judiciais e de atendimentos a pessoas carentes, o número de procuradores diminui. Do quadro total de 1500 postos, quase 700 estão vagos. No único concurso feito nos últimos sete anos, foram aprovados 180 advogados, mas 50 ainda nem foram nomeados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nesse período, mais de 250 procuradores se aposentaram. A falta de infra-estrutura é outro problema. Os advogados da Procuradoria afirmam que se vêem obrigados a comprar - para poderem trabalhar -, com dinheiro próprio, computadores, papel, cartucho para impressora, produtos de limpeza e combustível para que possam comparecer em audiências. "É um absurdo. Brigamos pelo Estado em causas contra grandes escritórios de advocacia, bem equipados, com os quais não temos nem como concorrer", diz o secretário geral do sindicato, Antonio Maffezoli. Segundo ele, há cerca de 15 dias, o prédio onde está instalada a Procuradoria de Assistência Judiciária (PAJ), que é uma das áreas da Procuradoria Geral, localizado no bairro de Santo Amaro, foi interditado sob o risco de desabamento. A Procuradoria é responsável pela advocacia do Estado de São Paulo, sendo formada por 880 profissionais, que atendem 645 cidades nas áreas de defesa judicial de pessoas carentes, defesa judicial do Estado e análise de legalidade de atos da Administração.

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