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Produção doméstica de CDs e DVDs é subestimada

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Por Redação
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Para evitar o flagrante policial, muitos camelôs têm levado para as ruas cópias xerográficas das capas de CDs, DVDs e games. As mercadoria ficam guardadas em locais próximos aos de venda. Para a polícia, o índice de pirataria atual é de 59% para os softwares e 95% nos games de console. As empresas, contudo, sabem que o índice é muito maior. Munidos de banda larga, os internautas brasileiros já ocupam o sétimo lugar em número de acessos no site Mininova, um dos espaços virtuais onde é possível baixar filmes, músicas e softwares. Por mês, são 4 milhões de visitas e só São Paulo contribui com 900 mil. "Se existe uma banquinha vendendo drogas, a pessoa denuncia. Se vir uma com programas de computador, ela vai lá ver o que pode comprar", afirma Antonio Eduardo Mendes da Silva, coordenador do grupo antipirataria da Associação Brasileira de Software. Em 2008, a associação de produtores de games (ESA, sigla em inglês) enviou aos provedores de internet notificações para 138 mil usuários. Eles não só tinham baixado programas como estavam ajudando a difundir a pirataria. Como não existe lei que obrigue os provedores a informarem quem estaria praticando o crime, a medida não surtiu efeito nenhum. Pela internet, outro crime, mais perigoso, começa a ganhar forma. É o da venda de medicamentos falsificados, clandestinos ou contrabandeados. Na semana retrasada, foi preso em Goiânia um dos maiores distribuidores de remédios online. Em 2008, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) apreendeu 120 toneladas de remédios ilegais, o dobro da apreensão de 2006. "Já existem evidências de que o crime organizado brasileiro vem migrando do tráfico de drogas para a falsificação de remédios", afirma Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa.

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