PUBLICIDADE

Professores do Rio marcam assembleias para decidir se mantêm greve

Paralisados desde 8 de agosto, docentes da rede estadual se reúnem nesta quinta e os municipais, na sexta

Por Adriano Barcelos
Atualização:

RIO - Após audiência com mediação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, professores das redes municipal e estadual do Rio seguem em greve, mas a paralisação pode acabar após assembleias da categoria previstas para a quinta-feira e a sexta-feira.

PUBLICIDADE

Na quinta, às 14h, os professores do Estado discutem os rumos da greve no Club Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio. Na sexta, no mesmo local, mas às 13h, a rede do município define o futuro do movimento. Profissionais de ensino do Estado e do município estão em greve desde 8 de agosto.

Na audiência com Fux, que ocorreu em Brasília na terça, foi restabelecido o canal de diálogo com o governo do Estado e a Prefeitura do Rio. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio (Sepe) está dividido quanto à continuidade da paralisação. Após mais de dois meses e meio de greve, há expectativa de que os professores voltem às salas de aula, mas um grupo deverá defender que o movimento permaneça porque grande parte das reivindicações não foi atendida.

Os professores deixaram o Distrito Federal com a garantia de que não haverá corte de ponto ou inquéritos administrativos contra os grevistas e de que o Sepe não será multado - o Tribunal de Justiça do Rio julgou irregular a greve dos professores do município e prevê o pagamento de multa sobre cada dia de paralisação. Outro ponto caro ao Sepe, a discussão pedagógica, também terá encaminhamento por meio de um grupo de trabalho. Aí se debaterá questões como o "uma matrícula, uma escola", que estabelece que os professores não lecionem em mais de uma escola, a garantia de um terço de carga horária para a preparação das aulas e a redução do número de alunos por sala de aula.

"Diferentemente de outros sindicatos, a direção não diz ‘acabou a greve’. A gente vai apresentar tudo que foi discutido para a categoria e é ela que decide", afirma a coordenadora-geral do Sepe, Marta Moraes.

Pela manhã, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reiterou considerar que o movimento grevista está se enfraquecendo naturalmente, mas disse esperar pelo fim da paralisação "pelas crianças". "É o quarto acordo que a Prefeitura do Rio assina. Os termos de ontem (terça-feira) constavam do primeiro acordo", afirmou o prefeito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.