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Professores municipais param amanhã em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Professores, diretores e outros profissionais das 900 escolas da rede municipal de São Paulo prometem paralisar nesta quarta-feira as atividades e participar, às 10 horas, de manifestação em defesa de reajuste salarial para o funcionalismo da cidade e pela melhoria da qualidade do ensino público, em frente da Secretaria de Gestão Pública, na Avenida Paulista. Os demais servidores municipais também prometem participar do ato. Entre as principais reivindicações da categoria está a reposição salarial de 62,62%, referente às perdas ocorridas no período de 2000 a 2002. "Inicialmente, a Prefeitura insistiu em não dar nada de reajuste, mas hoje apresentou uma proposta de conceder 2% de aumento ou dar um abono de R$ 250,00, que seria concedido somente neste mês para todos os 163 mil funcionários municipais", informou o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), o vereador Cláudio Fonseca (PC do B). "Claro que não aceitamos a proposta do governo." A diretoria do sindicato, tentando resolver o impasse, apresentou uma contraposta: 8,36% de reajuste correspondente à inflação medida de 1.º de junho de 2001 a abril deste ano. A reposição de 62,62% seria discutida e concedida ao longo deste ano. "No ano passado, a categoria teve o irrisório aumento de 0,07% e agora a Prefeitura propõe esse reajuste, muito abaixo do que reivindicamos", queixou-se. Como a data-base da categoria é em 1º de maio, os representantes dos servidores começaram a fazer, no início do ano, várias rodadas de negociações. "Em nenhuma o governo apresentou qualquer proposta positiva, insistindo em não conceder nada. Só hoje fez essa proposta que não aceitamos", disse Fonseca. Para o líder sindical, o impacto dos 2% oferecidos pela Prefeitura na folha de pagamento do funcionalismo público municipal seria de apenas 0,15% durante o ano. "Com esse reajuste a folha seria acrescida de R$ 43 milhões, enquanto a projeção da folha de pagamento atual é de R$ 3,23 bilhões", explicou. A expectativa da direção do sindicato é a de que a manifestação de amanhã supere protesto semelhante ocorrido no dia 15. "Naquela ocasião, 6 mil pessoas participaram do ato, exigindo ´aumento já´", disse Fonseca. Além do reajuste salarial, os servidores reivindicam o pagamento dos atrasados referentes aos vales-refeição, no valor de R$ 897,60, e o fornecimento de medicamentos grátis. Servidores municipais Os servidores começaram a campanha salarial pedindo 62,62%. Hoje, propuseram reposição pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) dos 16 meses de gestão Marta Suplicy (PT), que é de 8 16%. Tirando os 0,07% concedidos pela Prefeitura em março do ano passado, chega-se a um índice de 7,41%. "Recusamos os 2% e vamos consultar a categoria amanhã (22) sobre a proposta que apresentamos hoje", disse a presidente da Federação das Ações Sindicais dos Servidores da Prefeitura de São Paulo, Berenice Gazoni. Ela integra o fórum de entidades que engloba 32 dos 35 sindicatos de funcionários municipais e que negociam conjuntamente com a Prefeitura. Enquanto os trabalhadores da Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb) aprovaram greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 5 de junho, caso a empresa não avance nas negociações, os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) podem realizar uma paralisação de advertência de 24 horas na sexta-feira. A Sabesp ofereceu 3,5% de reajuste. Os trabalhadores pedem 9,66%.

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