Projeto para o Aeroporto Santos Dumont cria polêmica

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Por Agencia Estado
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Na apresentação do projeto de ampliação do Aeroporto Santos Dumont, realizada pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), prevaleceu o clima de animosidade. Durante a audiência pública, representantes de associações de arquitetos, de pilotos de avião e de agências de viagens questionaram a validade do investimento público de R$ 230 milhões. Segundo eles, a obra pode causar transtornos ao meio ambiente e ao tráfego do centro da cidade e, principalmente, dificultar ainda mais a situação do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, que, de acordo com a Infraero, está operando com apenas 25% da capacidade. Segundo o cronograma de atividades apresentado pelo ganhador da licitação, o arquiteto Sérgio Jardim, da empreiteira Figueiredo Ferraz, a obra deve iniciar no primeiro trimestre do ano que vem e ser concluída no até julho de 2006. O projeto custou cerca de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. Uma das primeiras perguntas foi do presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Carlos Fernandes Andrade. Ele afirmou que a ampliação do Santos Dumont vai prejudicar o Aeroporto Tom Jobim, que embora possa receber 17 milhões de passageiros/ano, opera hoje com apenas 4,5 milhões. Segundo Jorge Ditz, superintendente de Engenharia da Infraero, a ampliação visa atender à demanda do Santos Dumont, que hoje é de 5,6 milhões de passageiros/ano, embora tenha capacidade para apenas 3 milhões. "A ampliação é para adaptar o aeroporto à demanda atual", explicou, ressaltando que a empresa está, há dois anos, realizando uma campanha para aumentar o movimento no aeroporto internacional.

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