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Projeto torna pedágio gratuito à noite em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A Assembléia Legislativa de São Paulo discute nesta terça-feira o projeto que pretende acabar com a cobrança de pedágio nas estradas paulistas entre meia-noite e 6 horas da manhã. A proposta, na verdade, tem poucas chances de ser aprovada porque o governo do Estado, que possui maioria no Legislativo Estadual, é contra a isenção. Segundo o Executivo, se o projeto vier a ser aprovado, poderia aumentar o congestionamento nas rodovias naquele horário, como já aconteceu há cerca de 20 anos, quando a isenção estava em vigor. A audiência pública que vai discutir o projeto acontece logo mais, a partir das 14h30, no plenário Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo. A deputada Mariângela Duarte, do Partido dos Trabalhadores (PT), autora da proposta, disse que essa posição do governo do Estado não procede porque a situação hoje é diferente da de 1982. "Hoje, nós temos um novo Código Nacional de Trânsito e se você parar sem motivo nos acostamentos paga R$ 87 de multa e perde quatro pontos na carteira". Segundo o Bom Dia SP, da Rede Globo, a parlamentar também desmentiu a possibilidade de que haveria aumento no número de acidentes porque os motoristas acelerariam mais para se beneficiar da isenção do pedágio. Ela lembrou que, para coibir essa infração, já existem os radares, cujo valor das multas inibiria aqueles que excedessem a velocidade, e cobrou também a ação da Polícia Rodoviária Estadual para evitar os abusos. Mariângela Duarte acrescentou que o governo de São Paulo não quer a aprovação do projeto por causa das enormes pressões que sofre das concessionárias. Afinal, recordou, existem em todo o Estado 92 pedágios. "Quando as empresas não cumprem os contratos, como no caso da Viaoeste que não duplicou a Rodovia Raposo Tavares, está tudo bem, as coisas andam. Agora, do lado de cá, nós estamos argumentando que aumentar 380% o número de pedágios em São Paulo, com 92 praças de cobrança, é uma coisa onerosa e extorsiva para os motoristas".

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