Promotor é preso por tentar assassinar a mulher

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Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor João Luis Portolan Galvão Municcelli Trochmann foi preso, neste sábado de madrugada, em Valinhos, na região noroeste do Estado de São Paulo, por tentativa de assassinato da mulher, a advogada Erika May Trochmann. A mulher foi atingida por um tiro no pescoço e está internada em estado grave no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas. O promotor foi escoltado pela Polícia Civil de Campinas, por volta das 10 horas deste sábado, até a Procuradoria-Geral da República, em São Paulo, onde seria apresentado à Justiça. Segundo a polícia, Trochmann deve ser mantido preso em um batalhão da Polícia Militar, mas o local não foi informado. O promotor atua em São Paulo e morava com a mulher em Valinhos. A prisão ocorreu na Santa Casa de Valinhos, para onde Trochmann levou Erika, neste sábado de madrugada. Ele disse aos médicos que sua casa, no bairro Vale Verde, havia sido invadida por assaltantes. Afirmou que tentou reagir e que os bandidos atiraram e fugiram. Erika, porém, estava consciente e revelou que o autor dos disparos foi o marido, que tentou matá-la. O casal estava em processo de separação e não tem filhos. Com Trochmann, foi apreendido um revólver calibre 38 com capacidade para cinco balas - três delas deflagradas. O carro em que ele levou a mulher para o hospital, um Megane branco, também foi apreendido. Erika recebeu os primeiros socorros em Valinhos e foi transferida para o Hospital Mário Gatti, onde permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O promotor apresentava ferimentos na mão, que estava enfaixada. Segundo a polícia, o ferimento foi provocado por um tiro. Ao receber voz de prisão da Polícia Militar de Valinhos, dentro do hospital, o promotor passou mal e ficou internado até esta sexta-feira de manhã, quando foi levado para São Paulo. Ele não quis falar com a imprensa em frente à delegacia de Valinhos, de onde saiu para a capital em uma viatura do Grupo Armado de Repressão a Roubo e Assalto (Garra). A advogada Tereza Doro, que o acompanhou, informou apenas que ele não havia feito nenhuma declaração e estava em estado de choque. Antes de entrar na viatura, o promotor fumou um cigarro e ouviu de sua advogada que ?tudo ia se resolver?. O Boletim de Ocorrência foi lavrado pelo delegado titular de Valinhos, Humberto Parro Neto. Ele também acompanhou o promotor a São Paulo e não falou com a imprensa. A delegada plantonista, Rute Daniela de Souza, não foi localizada. Trochmann é professor da Universidade Paulista de Campinas e de uma faculdade em Espírito Santo do Pinhal. Estava em seu terceiro casamento. Tem apenas dois filhos, com a primeira mulher. Segundo a polícia, o promotor deve ser julgado por desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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