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Promotor quer novo julgamento para os policiais que atiraram em adolescente

Dupla foi absolvida das acusações de roubo qualificado e tentativa de homicídio qualificado

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Por Redação
Atualização:

MANAUS - O promotor de Justiça do Ministério Público do Amazonas, Ednaldo Medeiros, entrou nesta terça-feira, 7, com uma petição para que haja um novo julgamento para os dois policiais militares que atiraram contra um adolescente em Manaus, em agosto de 2010.

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O ex-soldado da PM André Luiz Castilhos Campos e o soldado Rosivaldo de Souza Pereira foram absolvidos das acusações de roubo qualificado e tentativa de homicídio qualificado contra um adolescente de 15 anos. "Os dois foram absolvidos porque os jurados não reconheceram a materialidade de que o adolescente recebeu os tiros", afirmou o promotor.

De acordo com Ednaldo, a petição é um recurso cabível e afirmou que os jurados deveriam ter levado em conta as provas do autos em que há um exame de corpo de delito onde o adolescente levou três tiros que atingiram o pulmão, fígado e diafragma. "Além disso, há imagem clara dos PMs atirando contra o adolescente."

O promotor disse que recorreu da decisão no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) e requereu um novo julgamento. A assessoria jurídica do TJ-AM informou que o juiz que presidiu o julgamento, Mauro Antony, tem cinco dias para analisar a petição e emitir uma posição.

O caso ficou conhecido após um vídeo com as imagens do crimes ser divulgado em 2011. As imagens apresentam um PM agredindo o jovem. Após ser atingido pelo primeiro tiro, o jovem tenta escapar, mas outro policial atira novamente. Um terceiro tiro é disparado. Mesmo com os disparos, o adolescente não morreu.

O menor contou que um dos policial também teria roubado um cordão de ouro que ele possuía. Os policiais que aparecem no vídeo foram presos após pedido da Corregedoria da Segurança Pública do Estado. No decorrer do processo, dois deles foram absolvidos das acusações.

Os demais acabaram sendo denunciados pelo Ministério Público Estadual sob acusação de homicídio e roubo qualificados. Nesta terça, 7, durante o julgamento, o advogado de defesa dos policiais, Glen Wilde, mostrou um vídeo em que os militares apareceram na rua, na qual aconteceu o caso, sendo recebidos por tiros disparados pelo menor. Por causa do resultado do julgamento, os advogados de defesa ingressaram com pedido de liberdade deles na Justiça, que ainda não foi julgado.

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