Promotora é contrária à libertação de Edinho

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Por Agencia Estado
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Se depender da vontade da promotora Ana Maria Frigério Molinari, da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, Edson Cholbi do Nascimento, o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, continuará preso. Ela se manifestou contrária ao pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado do ex-atleta, Sidney Gonçalves. Outros três acusados no mesmo processo por lavagem de dinheiro descoberta na Operação Indra também devem continuar presos, no entender da promotora. Os quatro pedidos de liberdade provisória foram analisados de forma conjunta por Ana Maria Frigério Molinari. Além de Edinho, os advogados de Ronaldo Barsotti de Freitas (o Naldinho, acusado de chefiar a quadrilha de tráfico de entorpecentes na Baixada Santista), Nicolau Aun Jr. (o Véio, acusado de ser o cérebro financeiro do bando) e Klaus da Conceição Jr entraram com pedido semelhante e tiveram manifestação contrária da promotora. O juiz Edegar Sousa de Castro ainda não decidiu se concede ou não a liberdade aos quatro presos. Reconstituição Hoje, em Santos, peritos fizeram a reconstituição da execução de Marcelo Trindade Benedicto, ocorrida na noite de 3 de junho do ano passado. Ele era acusado de ser o cobrador da quadrilha de Naldinho e um dos homens de maior confiança do traficante. Ele foi morto na avenida Barão de Penedo, no José Menino e foi atraído ao local para receber uma dívida. Ele estava num veículo Astra no banco do passageiro e esperava a chegada da pessoa com o pagamento quando um homem se aproximou e começou a atirar em sua direção, atingindo-o com vários tiros. Trindade morreu no local e a polícia prendeu Wagner Araújo de Almeida, de 23 anos, conhecido por Gaguinho. O crime teria sido determinado pelo PCC, organização criminosa acusada de ter matado mais de quinze membros da quadrilha de Naldinho, que seria ligado ao Comando Vermelho. A morte de Marcelo Trindade Benedicto foi a última dessa série e dias depois a polícia prendeu Naldinho e dez acusados de pertencer a sua quadrilha, entre eles Edinho. Na reconstituição, só houve a participação do motorista que dirigia o carro na hora da execução e que foi baleado na mão. O acusado está preso e não compareceu.

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