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Promotoria denuncia casal por dupla tentativa de homcídio

Por Agencia Estado
Atualização:

A Promotoria Pública de Campinas denunciou nesta quinta-feira à Justiça o casal Alexandre Alvarenga e Sara Maria Rosolen Alvarenga por dupla tentativa de homicídio. Alvarenga é acusado de tentar matar o filho de um ano e a filha de seis anos, e Sara, de participação no crime. Os dois foram transferidos para cadeias da região no final da noite de quarta-feira. Sara e Alvarenga estavam internados no Departamento de Psiquiatria do Hospital Celso Pierro, da Puc em Campinas, desde a tarde do crime, no domingo. Alvarenga atirou o filho contra um carro em movimento e bateu várias vezes a cabeça da filha contra uma árvore. A menina foi atendida e liberada no domingo e está com os avós maternos. O menino continua internado em estado grave no Hospital Municipal Mário Gatti. A equipe médica começou a retirar nesta quinta-feira a sedação do bebê. Segundo boletim divulgado no final da tarde, o menino tem movimentado os membros e os olhos mas apresenta limitação de movimento no lado direito do corpo. Os médicos, entretanto, informam ainda não podem definir quais seqüelas a lesão acarretará. O bebê teve traumatismo craniano na parte inferior da nuca. O casal teve alta médica na terça-feira, mas permaneceu internado por decisão da justiça, que pediu exames mais detalhados. Na noite de quarta-feira, após receber o laudo, a Justiça determinou a transferencia dos dois para a cadeia. Sara Maria está na cadeia de Valinhos, numa cela isolada. Alvarenga passou a noite no 2º Distrito Policial de Campinas e pela manhã foi encaminhado a uma cela especial do Centro de Detenção Provisória de Campinas-Hortolândia. A Polícia Civil de Valinhos informou que já pediu transferencia de Sara para outro local, porque ela está ocupando uma cela destinada a adolescentes infratores. A cadeia tem duas celas e 60 presas. Segundo policiais, Sara estava muito abatida e disse que sentia saudades dos filhos. A mulher entrou na cadeia com uma bíblia na mão e passou boa parte do tempo rezando, ajoelhada e com a cabeça encostada no chão. De acordo com um carcereiro, ela chegou a falar que nos últimos 10 dias acessou junto com o marido uma página de satanismo na Internet. Mas não comentou detalhes do crime. O padre Eduardo Dogherty tentou visita-la na cadeia e não conseguiu autorização. O casal é acusado de tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, utilização de método cruel e impedimento de defesa da vítima. O advogado de Sara, Pedro Renato Lúcio Marcelino, e o de Alvarenga, Luiz Henrique Cirilo, foram procurados, mas não responderam aos recados deixados pela reportagem. Os pais de Sara, Santo e Neide, e a mãe de Alvarenga, Maria José, também não foram encontrados. Maria comentou com uma vizinha que ia sair de casa para se manter afastada da imprensa.

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