Promotoria denuncia policiais por extorsão

PUBLICIDADE

Por Bruno Tavares
Atualização:

O delegado Marcelo Teixeira Lima, chefe da equipe que recuperou as telas milionárias furtadas do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2007, e outros cinco policiais do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic) - Sérgio José da Silva, Silvio Alexander de Barros, José Antonio Leite Lopes, Christian Tadeu Vicchietti e André Luiz Gomes de Souza - foram denunciados ontem à Justiça por sequestro, extorsão e furto a um traficante de drogas ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Em setembro de 2008, os seis policiais do Deic foram até Peruíbe e abordaram o traficante Paulo César Ferreira Souza, o Pulina. Em vez de prender o criminoso procurado da Justiça, os investigadores o teriam sequestrado e passado a exigir R$ 200 mil para libertá-lo. Souza estava sendo monitorado pelo Departamento de Investigações Sobre Narcóticos, que flagrou a negociação entre os investigadores e o traficante. Além do achaque, os policiais teriam furtado parte dos 400 quilos de drogas do traficante. "Sem dúvida, todos eles tinham pleno conhecimento da situação. Todos estavam no sítio dos acontecimentos, do achaque e do furto de entorpecente. Nenhum deles é surdo, mudo ou cego", escreveram os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santos. O Estado procurou os policiais denunciados, mas eles não foram localizados ou não retornaram as ligações. A Secretaria da Segurança Pública informou que a Corregedoria "instaurou apuração preliminar para apurar a conduta dos policiais e, após a notificação da denúncia, o que ainda não ocorreu, irá instaurar processo administrativo".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.