Propina no trânsito

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Por Redação
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Em 30 de julho, por volta das 19h30, na Avenida Dr. Arnaldo, no viaduto sobre a Avenida Sumaré, meu filho foi parado por dois policiais com a alegação (verdadeira, mas não percebida até o momento) de que os números da placa traseira não estavam visíveis e que por isso deveriam apreender o carro. Meu filho, surpreso, concordou e, como moramos a dois quarteirões da avenida, sugeriu voltar para casa e trocar de carro. Os policiais não concordaram e, fazendo uma conta rápida (guincho, multa, placa nova, estacionamento), chegaram ao valor da multa: R$ 700. Percebendo a situação, meu filho perguntou como poderia resolver a questão. Diante do silêncio dos policiais, sugeriu R$ 50. Silêncio novamente. Aumentou para R$ 70 e ouviu do policial que precisava consultar seu companheiro, que aceitou a proposta. Como ele não tinha essa quantia na carteira, os policiais o escoltaram até um caixa eletrônico, esperaram que o dinheiro fosse sacado, receberam-no e o deixaram ir embora com o carro irregular. Não concordamos com o uso de propina para resolver questões legais e acreditamos que o correto seria o policial aplicar todas as sanções cabíveis. Os policias deveriam auxiliar no trânsito e os motoristas, inclusive, multá-los quando necessário. Amedrontado, meu filho se sentiu obrigado a ceder a essa chantagem. Esses policiais não são dignos da profissão que exercem! MARTHA M. São Paulo A Polícia Militar esclarece que foi instaurada investigação para apurar os fatos narrados pela leitora, pois não compactua com ações ilegais eventualmente praticada por alguns de seus integrantes. Cirurgia só com a Justiça Meu pai, conveniado à Fundação de Seguridade Social (Geap), plano de saúde que atende médicos e funcionários do Ministério da Saúde, está internado no Hospital das Clínicas (HC) desde 11 de julho com indicação de cirurgia urgente na coluna. A Geap negou o procedimento, alegando ser necessária uma segunda opinião antes de autorizar a cirurgia. O relatório dos médicos diz que ele piorou e não está em condições de receber alta e que deve ser operado o mais rápido possível. Mas a cirurgia já foi negada três vezes! ANA LUIZA VILELA ARAÚJO São Paulo Ana Martins, da Assessoria de Comunicação da Geap, esclarece que o paciente foi internado por causa de uma intercorrência clínica, prontamente autorizada pela Geap. No decorrer dessa internação foi identificada a existência de um quadro ortopédico cuja origem remonta há presumíveis quatro anos, tornando questionável o caráter emergencial. Em nenhum momento a Geap se negou a autorizar o procedimento e os empecilhos existentes são referentes ao gasto de materiais implantáveis, acima dos valores de mercado. Diante do impasse, a Geap propôs aos familiares a transferência do paciente para a Sociedade Portuguesa de Beneficência - Hospital São Joaquim, sugestão recusada. No dia 7 de agosto a Geap recebeu uma determinação judicial que impunha a realização do procedimento num prazo de 48 horas, o que foi feito no dia 10 e o paciente permanece internado no HC para convalescença cirúrgica. O convênio prossegue nas negociações com o prestador para o custeio dos materiais implantáveis, segundo condições preestabelecidas em contrato bilateral. A leitora contesta: A Geap desconfia dos relatórios médicos do HC, não informou sobre o impedimento referente aos valores e não disse que era necessário mudar de hospital para a cirurgia ser feita. Quando diz ter sido surpreendida por "determinação judicial", causa-me estranheza, o que eles queriam que a família fizesse? O relatório médico indicava que, quanto mais tempo demorasse, pior seria a recuperação do meu pai. Roubos na Paulista Parece até ironia, mas poucas horas depois de ler a queixa do leitor sr. Mário Araújo (Perigo na Paulista, 12/8), duas amigas e eu fomos abordadas por um grupo de seis menores na esquina dessa avenida com a Rua Augusta, às 23 horas. Conseguimos nos desvencilhar após dois dos meninos tentarem roubar um de nossos celulares. Minutos depois, as mesmas crianças entraram na lanchonete BH Lanches. Não se intimidaram de estarmos alertando os clientes sobre o transtorno, conseguiram comida e foram embora fazendo gracejos. Um dos clientes disse que isso é comum na região e que, às vezes, os menores são recolhidos, mas retornam para o mesmo lugar. Registro minha indignação em relação à declaração da Polícia Militar sobre a segurança na região, publicada no jornal. Não encontrei nenhuma viatura em todo o percurso que fiz. Onde estava o tão propagandeado policiamento? MANOELA MEYER São Paulo As cartas devem ser enviadas para spreclama.estado@grupoestado.com.br, pelo fax 3856-2940 ou para Av. Engenheiro Caetano Álvares, 55, 6.º andar, CEP 02598-900, com nome, endereço, RG e telefone, e podem ser resumidas. Cartas sem esses dados serão desconsideradas. Respostas não publicadas são enviadas diretamente aos leitores.

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