Proprietários do Tona Galea denunciados por homicídio

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público Federal ofereceu hoje denúncia por homicídio culposo contra os sócios da empresa Conchas Turismo e Passeios Ltda, proprietária da embarcação Tona Galea, que naufragou em abril em Cabo Frio, na Região dos Lagos, causando a morte de 15 turistas de São Paulo e Minas. Além de Norberto Guimarães da Silveira, 71 anos, e de seu filho, Ricardo Ribeiro da Silva, 44 anos, foram denunciados o engenheiro Cícero Augusto Penteado de Brito Viana, 58 anos, e os prestadores de serviços Hélio da Silva Erdite, 51 anos, e Gilson de Souza Brito, 38 anos. Autor da denúncia, o procurador da República de São Pedro D?Aldeia, Orlando Monteiro da Cunha, entendeu que o excesso de passageiros foi determinante para a ocorrência do acidente. O teste prático exigido para a verificação da capacidade do Tona Galea foi forjado e o falso relatório apresentado dizia que a lotação seria de 78 passageiros. Porém, laudo da Marinha realizado na época da reconstituição do naufrágio indicou que o barco suportaria apenas 23 pessoas. No dia da tragédia, havia 62 passageiros a bordo. Pimba Pimbinha Responsável pela investigação do acidente com a lancha Pimba Pimbinha, há uma semana, em Itacuruçá, no litoral Sul do Rio, o delegado Antenor Martins disse ontem que o laudo da embarcação deve sair em até 15 dias. A lancha atropelou e matou Gabriel Borges Soares, de 16 anos, e feriu a professora Andréia Lisboa Salgado, 33 anos, que teve as duas pernas amputadas. O cabo da Capitania dos Portos Marcos Manoel Cavalcante foi acusado pelo piloto da lancha e por um tripulante de ter quebrado a alavanca de controle de aceleração e provocado o acidente. O militar deve ser ouvido no domingo.

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