Um protesto de camelôs, na manhã desta segunda-feira, 13, tumultuou o trânsito e deixou os comerciantes apreensivos, no centro de Maceió. Cerca de 500 ambulantes fizeram um "arrastão" pelas ruas centrais e obrigaram comerciantes a fecharem as portas das lojas durante quase toda a manhã, com medo de atos de vandalismo. Algumas lojas tiveram parte do seu patrimônio destruído e até tiros foram necessários para conter o tumulto, mas ninguém ficou ferido. Integrantes da Guarda Municipal foram mobilizados para proteger a sede da Prefeitura e entraram em confronto com os manifestantes. Protesto O que parecia ser um simples protesto contra a transferência dos camelôs para um shopping popular terminou em tumulto e atos de vandalismo. O protesto começou próximo à Praça dos Palmares e se espalhou por outras ruas do centro, fugindo ao controle das autoridades presentes na região. Após a interdição de diversas ruas com pneus queimados, usados como barricadas, uma comissão de camelôs foi recebida pelo secretário da Indústria, Comércio e Agricultura, Rafael Tenório, na sede da Prefeitura de Maceió. Enquanto as negociações seguiam a portas fechadas, os ambulantes realizaram um "arrastão" pelas ruas do centro, ameaçando os comerciantes da região. Parte dos manifestantes quis entrar à força na sede da Prefeitura e foi barrada pelos guardas. Segundo os ambulantes, não existe infra-estrutura adequada para a transferência dos comerciantes, uma vez que os toldos de proteção não foram instalados, nem existem banheiros para utilização dos comerciantes e clientes. Eles exigem a permanência nos locais onde trabalham até que a Prefeitura ofereça uma estrutura mínima para que eles sejam deslocados para o Shopping Popular. Após protesto, os ambulantes voltaram as se instalar na Rua Barão de Penedo. Última decisão O prefeito Cícero Almeida (PDT) disse que os camelôs poderão trabalhar nos trechos que compreendem a Rua Barão de Penedo até a Rua Melo Moraes. Almeida informou, ainda, que essa é a última decisão da Prefeitura. "Já tentamos negociar e infelizmente houve todo esse tumulto no centro de Maceió. Estava reunido há pouco com secretários e decidimos que essa será a última proposta para os camelôs", garantiu. De acordo com o presidente da Associação dos Camelôs, Laércio Lira, está havendo uma dissidência entre os vendedores ambulantes. "Todo o tempo tentei evitar esse protesto, poderíamos negociar com a Prefeitura uma solução pacífica. Não queremos perder o Shopping Popular, mas tem uma parte do grupo que não quer. São vendedores ambulantes que preferem continuar nas ruas do centro de Maceió", explicou Lira.