20 de junho de 2013 | 08h26
Rio - Separado do Rio pela Baía de Guanabara, o centro de Niterói amanheceu nesta quinta-feira, 20, tomado por destroços deixados pelo grande tumulto que se formou na noite dessa quarta, 19, durante a manifestação contra o aumento do preço das passagens de ônibus. Principal via da região, a avenida Amaral Peixoto teve bancos e lojas atacados e destruídos, além de pontos de ônibus danificados.
A manifestação conseguiu interromper o tráfego na ponte Rio-Niterói, medida de segurança adotada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O protesto seguiu na cidade mesmo após a Prefeitura de Niterói anunciar a redução da tarifa do ônibus de R$ 2,95 para R$ 2,75.
Parte dos manifestantes chegaram a 500 metros do acesso principal à ponte, pela avenida Jansen de Mello. Impedidos pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) de aproximarem-se da praça do pedágio, os manifestantes apedrejaram a tropa, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Barricadas de fogo se formaram em trechos movimentados do centro niteroiense.
Os manifestantes não aceitaram a interdição do acesso à ponte e retornaram à praça Arariboia, ponto de partida do protesto. Em frente à estação das barcas de passageiros entre Niterói e Rio, a praça é tradicional ponto de protestos da cidade. A estação foi invadida pelos manifestantes. O transporte marítimo pela baía permaneceu interrompido das 21h às 21h30. A quantidade de presos e feridos ainda não divulgada.
Nesta manhã, em entrevista à Rede Globo, o prefeito Rodrigo Neves (PT) creditou os episódios violentos da véspera a um "pequeno grupo de vândalos". "A ação dos vândalos denigre a democracia", afirmou. No início do ato, participavam cerca de 7.500 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar.
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