
20 de março de 2011 | 00h00
Kassab trabalha com a perspectiva de consolidar a nova legenda até agosto, com o propósito de tranquilizar potenciais adesões que condicionam sua participação à eliminação dos riscos eleitorais embutidos no empreendimento.
A desastrada ideia de fusão com o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, comprometeu o partido junto à Justiça Eleitoral antes mesmo de sua criação, caracterizando a empreitada como um mero truque para driblar a fidelidade partidária.
O prefeito e o grupo dissidente do DEM, liderado pelo ex-senador Jorge Bornhausen (SC), tinham um trunfo legal para trocar de partido sem risco de incorrer na fidelidade partidária: a fraude da ata que alterou decisão da Convenção Nacional retirando poderes do Conselho Político, do qual fazia parte Kassab. O anúncio da fusão, antes da criação, jogou fora esse habeas corpus.
Fusão descartada, a ideia agora é, de fato, afirmar o PSD como uma alternativa de centro-direita e principal referência da doutrina liberal, o que não seria lógico numa legenda socialista.
Posta assim, a proposta de Kassab ainda atrai o grupo de Jorge Bornhausen que, se puder concorrer em 2012 pelo PSD, sem riscos, troca a convivência forçada de hoje no DEM pelo novo partido.
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