PT abre mão de Senado em troca de apoio no DF

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Por Leandro Colon , BRASÍLIA e SALVADOR
Atualização:

O diretório petista em Brasília definiu, na noite de sábado, que aceitará negociar uma aliança com o PMDB e abriu mão das duas candidaturas ao Senado para PSB e PDT. O candidato do PT ao governo do Distrito Federal é Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte. A decisão deve fortalecer o palanque da presidenciável petista, Dilma Rousseff no DF.No encontro, os delegados petistas derrubaram a proposta que vetava aliança com o PMDB nas eleições de outubro. Usaram o discurso de que o ideal é tentar repetir, em Brasília, as alianças que Dilma fará no campo nacional - o PMDB deve indicar o vice da chapa presidencial. A postura do diretório abriu caminho para negociar um nome peemedebista para a vaga de vice-governador na chapa com Agnelo. Para o Senado, os nomes serão do senador Cristovam Buarque (PDT) e do deputado federal Rodrigo Rollemberg, do PSB.A decisão de entregar as vagas ao Senado para PDT e PSB foi uma derrota para o deputado petista Geraldo Magela. Depois de perder para Agnelo a prévia de candidato ao governo do DF, Magela queria disputar o Senado. Mas prevaleceu a orientação do comando nacional do PT, de tentar agregar na chapa as principais forças que estão ao lado da candidatura de Dilma. Ministério e pesquisa. Ontem, em Salvador (BA), Dilma participou do encerramento do Congresso Estadual do PT. O evento lançou a pré-candidatura de Jaques Wagner à reeleição.Durante seu discurso, Dilma disse que, se eleita, deverá criar o Ministério do Empreendedorismo, como forma de estimular o crescimento das micro e pequenas empresas. Segundo ela, a ideia de criar uma pasta específica para o segmento já vem sendo cogitada no atual governo. "O desenvolvimento dessa área é uma grande preocupação nossa e do presidente Lula", justificou.A petista evitou comentar o resultado da pesquisa Vox Populi, divulgada no sábado, que a coloca à frente do presidenciável tucano José Serra. De acordo com o instituto, Dilma aparece com 38% das intenções de voto, ante 35% de Serra. "A gente leva as pesquisas em consideração como uma referência, mas, ninguém ganha eleição com pesquisa ou subindo nos alto por causa de pesquisa", disse.

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