PT acredita em entendimento com oposição após 2º turno

Governador eleito da Bahia e coordenador da campanha de Lula, Jacques Wagner (PT) acredita na possibilidade de entendimento com a oposição após o dia 29

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT), afirmou na noite desta quarta-feira que acredita na possibilidade de entendimento com a oposição após a conclusão do segundo turno das eleições. "O PSDB é um partido que tem responsabilidade e tem governadores que querem governar", afirmou ele. O governador eleito disse entender o atual clima de animosidade. "Quando se está na torcida, você acredita, espera o gol até o último minuto. Então, entendo que o momento é de disputa", disse. E completou: "quando acaba o jogo, é temeroso e a sociedade não quer que se continue com a intriga política permanente. Os governadores não vão querer isso. Jacques Wagner definiu como "uma dádiva" o fato de as eleições presidenciais não terem sido definidas no primeiro turno. "Se tivesse ganho no primeiro turno com pouco mais de 50% dos votos, alguém poderia querem questionar a vitória do Lula . Mas agora o Lula vai ter muito mais votos porque aglutinou forças", afirmou. Jacques Wagner e o prefeito de Recife, João Paulo, estão em Belém para participar de eventos da campanha da candidata do PT ao governo do Pará, senadora Ana Júlia Carepa. Tentativa de união Ontem foi a vez de o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, chamar a oposição para um acordo após o segundo turno. Em entrevista no Palácio do Planalto, disse que um ou dois dias após as eleições o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve procurar os partidos aliados para orientar a formação de um governo de coalizão e discutir um programa mínimo. Isso incluiria crescimento igual ou superior a 5% em 2007. ´Se o presidente Lula ganhar, como tudo está a indicar, as forças políticas democráticas vão sentar para conversar sobre esse tema (coalizão). O terceiro turno parece ser uma estratégia política minoritária da oposição, com viés autoritário, que não quer reconhecer resultados eleitorais´, alfinetou. ´Mas o principal líder dessa corrente está aposentado. Possivelmente ele não tenha muita influência´, completou. Tarso não quis dizer explicitamente a quem se referia. Para o ministro, Lula tem mais condições de articular uma grande coalizão política de forças ´para renovar o sistema político brasileiro´. Apesar do acirramento das discussões na reta final da campanha eleitoral, ele diz que a oposição será procurada para assegurar a governabilidade de um segundo mandato do presidente Lula.

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