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PT E PSDB perderam ´vigor transformador´, diz Cristovam

"O PSDB foi um partido com gente de esquerda e o FHC é uma pessoa respeitável, mas no governo se acomodou. E o PT também perdeu todo o vigor transformador"

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, disse que quer se tornar presidente para promover uma revolução social e não os pequenos avanços promovidos nos últimos governos. "O PSDB foi um partido com gente de esquerda e o FHC é uma pessoa respeitável, mas no governo se acomodou", salientou o candidato em entrevista ao Jornal da Globo. Ele lembrou que o Fundef e Fundeb foram "pequenos avanços", mas não trouxeram transformação social. "E o PT também perdeu todo o vigor transformador", criticou. O pedetista voltou a falar em revolução na educação, com a federalização do ensino básico, que, juntamente com o ensino médio, passaria a ser ministrado em período integral em todas as escolas públicas. "Todas as escolas do Brasil teriam que ter três padrões mínimos: salário e formação de professor, equipamento/edificações e conteúdo", explicou o candidato do PDT. "E eu não vou mentir; vai levar 15 anos para fazer. A minha proposta é que em quatro anos teremos mil cidades com horário integral." O candidato reiterou que mudaria o Bolsa Família, que voltaria a ser administrado pelo Ministério da Educação, com a exigência de contrapartida de freqüência escolar, voltando a ser denominado Bolsa Escola. Ele também prometeu aumentar o valor da bolsa, reduzindo, porém, o período de benefício para não aumentar os gastos do governo. "Não vai ficar o ano inteiro com R$ 70, mas vai ficar quatro meses com o salário mínimo inteiro", propôs Cristovam Buarque. "Depois de quatro meses ganhando direitinho e trabalhando é capaz de arranjar um emprego." Cristovam Buarque também adiantou que se eleito buscará um pacto para congelar os gastos do governo nos próximos cinco anos. "Se a gente congelar o aumento vegetativo dos gastos por conta de leis, a gente já consegue sinalizar para o mercado financeiro que vai equilibrar as contas", previu o candidato. Ele disse que com essa sinalização estaria aberto o caminho para a redução de juros e conseqüente redução de gastos. E arrematou: "Assim a gente transforma um círculo vicioso em um círculo virtuoso".

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