PT quer fazer investigação própria sobre morte de Celso Daniel

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Por Agencia Estado
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O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (PT-SP), confirmou que o Partido dos Trabalhadores deverá fazer uma investigação paralela dos assassinatos dos prefeitos Toninho do PT, de Campinas, e Celso Daniel, de Santo André. Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV Record, o deputado federal petista queixou-se do rumo que as investigações da polícia vêm tomando. "Depois de cinco meses, nós não sabemos nada sobre o assassinato do prefeito Toninho e já vamos para 30 dias do assassinato do Celso Daniel", lembrou José Dirceu. "Agora estamos vendo o Departamento de Homicídios (DHPP) voltar a investigar a família, o PT e o governo. Eu não consigo entender para quê. Por que o DHPP vem investigar o PT, o governo e a família de novo e não avança na investigação do assassinato do prefeito Celso Daniel?" José Dirceu adiantou que antes de mais nada vai reunir a bancada e os prefeitos do partido para cobrar do governador Geraldo Alkmin a solução do caso. "Nós primeiro vamos ao governador e vamos ao delegado-geral da polícia. Nós vamos pedir para a bancada do PT, aqui na Assembléia, para os prefeitos do PT irem ao governador e ao delegado-geral de polícia para pedirem que se esclareça esse caso", destacou Dirceu. "No caso de Belo Horizonte, em uma semana a polícia de Minas Gerais esclareceu o assassinato do promotor. Estão presos os mandantes e os assassinos. Como é que se assassina os prefeitos da segunda e da quarta maiores cidades do Estado, os dois do PT, e nada se consegue esclarecer? Alguma coisa está errada." José Dirceu salientou que se não for confirmada a autoria do crime por parte da quadrilha da Favela do Pantanal, a polícia volta à estaca zero na investigação. "E o caso da investigação de Campinas nos deixa com um pé atrás. Porque lá prenderam um jovem - que depois foi provado que foi torturado -, foi apresentado como caso resolvido e depois tudo caiu por terra. Não era nada", protestou o deputado. "E até hoje a suspeita maior é que a polícia de Campinas esteja envolvida no assassinato do prefeito. Nós somos vítimas e voltamos a ser réus. Como a polícia está agindo, nos obriga a montar uma investigação para tentar chegar aos culpados."

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