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PUC-Campinas abre curso de prevenção à violência

Por Agencia Estado
Atualização:

A Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas abriu inscrições para o primeiro curso de pós-graduação de prevenção à violência do País. O curso, com duração de um ano, é voltado para profissionais de diferentes áreas que lidam diretamente com vítimas, autores ou situações de violência, como psicólogos, advogados, terapeutas ocupacionais e cientistas sociais. As inscrições foram abertas nesta semana e seguem até o dia 27. Caso o número de inscritos seja superior às 30 vagas oferecidas pela universidade, haverá um exame seletivo entre os dias 28 e 30 deste mês. A mensalidade do curso deverá girar em torno de R$ 310. As 374 horas/aula serão dadas às sextas-feiras e sábados, quando for necessário. Segundo a professora de psicologia forense e coordenadora da especialização, Maria de Fátima Franco dos Santos, o curso é inédito no País. Ela lembrou que a Universidade de São Paulo (USP) dispõe de uma especialização em violência doméstica, voltada principalmente para crianças e adolescentes. "O curso da PUC-Campinas irá abordar diferentes manifestações de violência - doméstica, sexual, racial e criminal", apontou. De acordo com Maria de Fátima, as aulas serão ministradas por especialistas contratados especificamente para o curso. Ela explicou que desenvolve o projeto desde 1999 e obteve autorização para implantá-lo neste ano na PUC-Campinas, onde é professora. O cenário de violência da cidade, que teve seu prefeito, Antonio da Costa Santos, assassinado há quatro meses, contribui para justificar a especialização, conforme a coordenadora. "Campinas e região estão passando por um aumento geométrico de violência, e é claro que será melhor se houver profissionais com formação mais sistemática para lidar com isso", alegou Maria de Fátima. Segundo ela, o curso tem objetivos práticos e pretende aproximar a ciência da realidade. Ela disse que é importante os profissionais não cederem ao senso comum no momento de diagnosticar um caso. A professora disse que o curso ensinará os profissionais a distinguir um esquizofrênico de um indivíduo com problemas sociais. Também abordará a elaboração de projetos que possam contribuir para a redução da violência em setores específicos, sempre tendo como suporte conhecimentos científicos.

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