
20 de agosto de 2010 | 00h00
O programa que foi ao ar ontem à noite, com a biografia de Marina, ainda não reflete essa mudança. Segundo coordenadores, o que foi veiculado ontem é a continuidade da estreia, com ênfase em catástrofes ambientais, que recebeu críticas internas.
"Não é que esteja esteticamente ruim, mas não é uma comunicação política de eleição", afirmou o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ), que coordenou a primeira fase da campanha. Sirkis disse que conversou "com uma pessoa" que seria responsável pelo programa e espera por mudanças. Ele defende a introdução de um discurso mais ofensivo.
"A Dilma se consolidou e Serra mostra que não tem condições de derrotá-la. Há aí uma janela de oportunidades, razão para o programa ter um tom mais contundente."
A cada programa, disse, "a jaguatirica vai botando as unhas de fora". Marina já adotou um tom mais aguerrido em debate anteontem. O atual coordenador da campanha, João Paulo Capobianco, defendeu o primeiro programa e a linha atual. Disse que tudo foi feito com base em pesquisas qualitativas. "Essas críticas, para quem coordena a campanha, não fazem sentido. Nada muda por conta delas."
O marqueteiro Paulo de Tarso disse que divergências são normais e defendeu o atual formato. "Apresentar a biografia de Marina ao lado das de Dilma e Serra "nanicaria" nossa propaganda. É preciso entender que a candidatura de Marina não é tradicional. Se apresenta como terceira via."
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