Quadrilha acusada de ligação com o PCC é presa no litoral

Dezoito homens e três mulheres foram presos acusados de ligação com o PCC, quando comemoravam os ataques organizados pela facção, em Praia Grande

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Por Agencia Estado
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Dezoito homens e três mulheres foram presos na madrugada de sábado, em uma chácara na Vila Tupy, em Praia Grande, acusados de ligação com o PCC. Além dos adultos, havia três crianças, entre elas um bebê de poucos meses. No momento da prisão, o grupo participava de um churrasco para comemorar os ataques registrados na noite de sexta-feira, quando várias unidades policiais da região foram invadidas. De acordo com o delegado Marcelo Gonçalves, no local foram apreendidos cinco celulares, 17 trouxinhas de maconha, um revólver calibre 38, 118 pedras de crack e 70 projéteis de vários calibres. A Polícia chegou ao local depois de ser avisada por uma denúncia anônima. A chácara onde os marginais foram presos fica localizada na Avenida Ministro Marcos Freire, entre o quartel da PM e a delegacia. Na noite de sábado, o agente penitenciário Brás Gonçalves de Macedo foi morto no Jardim Quietude, ao ser alvejado por integrantes do PCC, que efetuaram diversos disparos contra o conjunto habitacional da Rua Santo Antonio de Pádua. Outras três mortes de policiais foram registradas na noite de sábado em São Vicente, Bertioga, Praia Grande e no distrito policial de Vicente de Carvalho, em Guarujá, totalizando, até ontem, cinco policiais mortos e quatro feridos. Tensão O clima era de tensão no Centro de Detenção Provisória (CDP) e nas duas penitenciárias de São Vicente, localizados no quilômetro 66 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Treze agentes penitenciários continuam reféns dos 400 presos da Penitenciária II. Já no estabelecimento vizinho, os mil detentos recusavam-se a retornar para as celas, depois do banho de sol. Pela manhã, eles haviam feito um agente refém que, antes do meio-dia, foi liberado. No CDP de Praia Grande (antigo Cadeião), a situação também continua tensa. Ataques Já passam de 100 os ataques em série iniciados na sexta-feira, dia 12, provavelmente articulados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que causaram a morte de 52 pessoas e ferimentos em outras 55. Entre os mortos estão 35 policiais civis, militares, integrantes de guardas metropolitanas e agentes de segurança de penitenciária; 3 civis e 14 suspeitos. Entre os feridos há 24 policiais militares; 5 policiais civis; 7 guardas metropolitanos; 2 agentes penitenciários; 8 cidadãos e 6 suspeitos. Além dos ataques a bases militares, o PCC deflagrou uma megarrebelião nos presídios e centros de detenção do Estado de São Paulo. Por volta das 16 horas havia 50 penitenciárias e centros controlados por detentos e outras 9 cadeias públicas com motins. Os rebelados fizeram mais de 100 reféns e retiveram parentes que entraram nas unidades para a visita de sábado.

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