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Quadrilha frauda crédito educativo da Caixa

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 50 pessoas podem ter sido lesadas por uma quadrilha especializada em fraudar contratos de financiamento de crédito educativo da Caixa Econômica Federal. Segundo a Delegacia de Fiscalização aos Crimes Fazendários (Delefaz), a fraude envolvia um funcionário da CEF e um estudante de direito. Esquema simples Por enquanto, apenas duas pessoas prestaram queixa à Caixa e devem ser ouvidas pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira. A polícia ainda não sabe o montante de dinheiro desviado ilegalmente. O esquema era muito simples. Os fraudadores ocupavam uma sala de um escritório de advocacia no Centro do Rio, para onde eram atraídos os devedores, que, seduzidos pelas facilidades, quitavam ou renegociavam suas dívidas. O dinheiro, porém, jamais foi parar nos cofres da CEF. "No escritório, encontramos recibos de quitação, contratos de renegociação, carimbos, tudo com o timbre da Caixa", disse o delegado Henrique Benigno, da Delefaz. Conluio Segundo a PF, os documentos oficiais da CEF eram desviados por Cláudio Ribeiro da Costa, chefe do Setor de Crédito Educativo da agência de Realengo, zona oeste. Em conluio com o estudante de direito Sherlington Barrozo, de 25 anos, Costa encaminhava os devedores para o escritório de advogacia no Centro, que pertence ao pai do estudante. Denúncia Em depoimento à PF, Barrozo contou que ficava com 10% do valor pago em casos de liquidação total do débito e metade do dinheiro das parcelas, quando se tratava de renegociação de dívidas. A fraude foi descoberta graças à denúncia de dois estudantes. A paulista Janice Elaine Gubitone desconfiou das facilidades oferecidas a ela pelos fraudadores e procurou a Caixa, assim como André Muniz da Rocha. Fácil demais O saldo devedor de Janice era de R$ 44.322,25, mas, após procurar o escritório de Barrozo, este valor caiu inexplicavelmente para R$ 14.983, quitados em duas parcelas. Rocha também conseguiu um "abatimento" em cinco parcelas atrasadas, que caíram de R$ 1,4 mil para R$ 782.

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