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Quarta vítima de assalto é enterrada em Bragança Paulista

Luciana foi queimada viva com outras três pessoas dentro de um carro

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 250 pessoas acompanharam o enterro da gerente-caixa Luciana Michele de Oliveira Dorta, 27 anos, no Cemitério da Saudade, em Bragança Paulista, na manhã desta sexta-feira, 22. Luciana estava internada na Santa Casa de Limeira, interior de São Paulo, depois de ser queimada viva com outras três pessoas dentro de um carro, após assalto realizado na noite do dia 10 e morreu na noite de quinta-feira. O crime chocou a cidade. Assim como a gerente Eliana Faria da Silva, 32 anos, seu marido, Leandro Donizete de Oliveira, 31 anos, e o filho do casal, Vinícius Faria de Oliveira, 5 anos, Luciana foi amarrada antes de ser queimada. Ela conseguiu se soltar e, com o carro em chamas, ainda tirou Vinícius do banco de trás. O menino morreu um dia após o crime. Seus pais morreram no local. "A gente sabe a dor da família, mas ela devia estar sofrendo muito", disse a comerciante Adriana Oliveira, que conhecia Luciana da loja Sinhá Moça. Os familiares não quiseram dar entrevista nesta sexta. Muitas pessoas que chegaram ao cemitério à tarde, para apoiar a família, se surpreenderam, já que o enterro de Luciana ocorreu às 10h30. "O enterro da Eliana e do marido foi no fim da tarde, o do menino (Vinícius) também. Achei que fosse no mesmo horário", afirmou a autônoma Maria do Carmo Andrade, na porta do cemitério. Latrocínio O Ministério Público Estadual em Bragança solicitou nesta sexta, ao delegado seccional, Paulo Tucci, a certidão de óbito de Luciana. A promotora Kelly Cristina Álvares Fedel afirmou que ela e as promotoras Ana Maria Buoso Piovesana e Fabíola Sucasas farão na terça-feira o aditamento do caso e incluirão mais um latrocínio consumado na denúncia apresentada quarta-feira pela 2ª Vara Criminal de Bragança Paulista. A Promotoria acusou o serralheiro Joabe Severino Ribeiro, 36 anos, e o eletricista Luis Fernando Pereira, 37 anos, por r oubo triplamente agravado (emprego de arma de fogo, meio cruel e morte de vítimas), três latrocínios (roubo seguido de morte) consumados e uma tentativa de latrocínio duplamente agravada (emprego de arma de fogo e meio cruel). Presos na semana passada pela polícia civil de Bragança, Ribeiro e Severino foram acusados de roubar R$ 18,3 mil da loja Sinhá Moça na noite do dia 10 e incendiar um veículo com quatro pessoas dentro, na madrugada do dia 11. Após indicarem o local em que foi encontrada a faca utilizada para ameaçar as vítimas, na última sexta-feira, Ribeiro e Pereira foram transferidos para a Penitenciária II de Sorocaba. O Ministério Público pediu que a Justiça mantenha a prisão preventiva dos acusados. A Promotoria classificou a ação dos acusados "hedionda, excessivamente grave e causa repulsa e intensa comoção social".

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