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Quase 12 milhões foram roubados ou furtados em um ano, revela IBGE

Número de furtos foi maior, segundo estudo do Pnad; região Norte teve o maior número de roubos do País

Por Luciana Nunes Leal e Felipe Werneck
Atualização:

RIO - No período de um ano, 11,9 milhões de brasileiros foram vítimas de roubo ou furto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Suplemento de Vitimização e Justiça da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009. O número representava 7,3% da população com dez anos ou mais de idade. Em 1988, o porcentual era de 5,4%.

 

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No grupo de vítimas de roubo e furto mais tentativa de roubo e furto, a sensação de insegurança chegou a 70,4%, ante 47,2% para toda a população de 10 anos ou mais. O total de vítimas de furto, 6,4 milhões (3,9%), foi maior que o de roubo.

 

Na região Norte foi registrado o maior porcentual de pessoas roubadas (5,6%, ante 2,5% no Sul, o menor). O Pará lidera o ranking nacional de vítimas de roubo, com 7,7%. Já o crime de furto atingiu maior proporção na região Centro-Oeste (5,5%). O porcentual de vítimas de roubo ou furto foi maior entre os homens (8,3%) do que entre as mulheres (6,4%).

 

No grupo de pessoas que tinham de 16 a 34 anos foram verificados os maiores porcentuais de vítimas. Quanto maior a renda, maior a proporção de vítimas desses crimes. Os roubos foram concentrados em vias públicas (70,5% dos casos). Já os furtos ocorreram mais em residências (47,6%). Telefone celular e dinheiro, cartão de débito ou de crédito ou cheque foram os principais alvos de roubo. Na pesquisa anterior, de 1988, o bem roubado com mais frequência era dinheiro, depois joias ou relógios.

 

Nas regiões Norte e Nordeste, em 2009, os porcentuais de roubo e furto de telefone celular ultrapassaram os de dinheiro, cartão e cheque. Já no Sul e Sudeste, ocorreu o inverso.

 

Mais da metade das vítimas tanto de roubo quanto de agressão não procuraram a polícia para denunciar os crimes. No grupo das vítimas de roubo que não procuraram a polícia (51,6%), o principal motivo apontado foi não acreditar na polícia (36,4%). Entre as vítimas de roubo que procuraram a polícia mas não fizeram o registro, 24,9% afirmaram não acreditar na polícia.

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