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Quatro agentes são investigados em Presidente Bernardes

Funcionários da penitenciária são acusado de incitar brigas entre presos rivais

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-geral do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, na região oeste do Estado de São Paulo, Luciano César Orlando, abriu sindicância interna para apurar a conduta de cinco funcionários da unidade. Quatro agentes e um diretor de disciplina são acusados de incitar brigas e até matança entre presos de facções rivais. Segundo denúncias, os presos Fausto Orlando Soares e Edenilton Vanderlei Bastos teriam ouvido os funcionários dizer que poderiam facilitar a tomada das chaves para os rivais de outras facções abrirem as celas e matar integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Soares e Bastos estavam no pátio, no banho de sol, quando teriam ouvido a suposta proposta dos agentes e do diretor de disciplina. Ao retornar para a galeria, Soares, já na cela individual, teria gritado para os integrantes do PCC e contado o que ouviu no banho de sol. Ainda de acordo com denúncias, Soares disse que estava revelando o que ouviu "porque não compactuava com patifaria". Soares e Bastos não são do PCC. Até a tarde de segunda-feira, ambos não tinham sido ouvidos pela diretoria do CRP. Luciano César Orlando, no entanto, já havia tomado as declarações dos presos Orlando Motta Júnior, o Macarrão, Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, e Cláudio Rolim, o Polaco. Os três são do PCC e confirmaram as palavras de Soares. Segundo advogados, o diretor-geral do CRP ficou preocupado com as denúncias, decidiu abrir a sindicância interna e ouvir os detentos. Advogados contaram ainda que Luciano César Orlando também enviou um relatório detalhado sobre o caso à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O CRP, considerado o presídio mais seguro do País, tem capacidade para 160 presos e abrigava, na segunda, 66. A maioria é do PCC e outra parte do Comando Brasileiro Revolucionário da Criminalidade (CRBC). Outros detentos são neutros. Também há denúncias de que um preso do PCC, com problemas na perna , foi espancado por agentes penitenciários, dois dias na semana passada, porque foi para a sala de fisioterapia sem camisa.

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