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Quatro mortes em carnaval de rua no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Em protesto contra a morte do adolescente Vitor Merner Santana, 13 anos, moradores de Vila Cruzeiro, em Olaria, atearam fogo em três ônibus nas proximidades da favela. Chamados para apagar o incêndio, bombeiros dos quartéis de Ramos e da Penha foram recebidos a tiros por traficantes da comunidade, assim como policiais do 16º BPM (Olaria). O trânsito na área foi interrompido por cerca de 20 minutos para evitar que motoristas fossem atingidos. Segundo o comandante do 16º BPM, coronel Celso Nogueira, o menor assassinado e Renato Santos, de 17 anos, ferido de raspão na cabeça, foram baleados por um policial militar no início da noite, em Vila Cruzeiro, durante o desfile de um bloco. Os dois teriam provocado a namorada do PM, que estava de folga e conseguiu fugir. Indignados, os moradores praticaram os atos de vandalismo. Santana levou dois tiros e morreu a caminho do hospital Getúlio Vargas, na Penha. De acordo com o comandante do batalhão, a vítima é sobrinho de um traficante de Vila Cruzeiro, conhecido pelo nome de Marcelinho. O outro adolescente foi internado no mesmo hospital e está em situação estável. O PM que efetuou os disparos não havia sido identificado, mas, de acordo com Nogueira, ele mora nas proximidades. Em Anchieta, também na zona norte do Rio de Janeiro, três pessoas morreram e cinco ficaram feridas em um tiroteio numa festa de carnaval de rua. Segundo o inspetor Jairo Melo, da 39ª DP (Pavuna), onde o caso foi registrado, os foliões ouvidos na delegacia não souberam informar como o tumulto começou e nem de onde partiram os tiros. Das três vítimas, duas delas, Marcio Antonio Valente e Levenilson Marques dos Santos, eram policiais militares e estavam de folga. A terceira vítima foi inditificada como Carlos Honorato Mariel. Os três morreram a caminho do hospital.

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