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Quatro pacientes dizem ter sido molestadas por Farah

Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado Ítalo Miranda Júnior deve ouvir nesta semana quatro mulheres que dizem ter sido molestadas por Farah Jorge Farah durante cirurgias plásticas no consultório da Rua Alfredo Pujol, em Santana. Elas fizeram contato nesta quarta com o 13º Distrito Policial, informando que decidiram procurar a polícia para reforçar a acusação contra o cirurgião plástico. Uma delas, Sandra Maria Pinto Sampaio, de 43 anos, supervisora de telefonia e moradora de Pirituba, na zona norte da capital, disse ter procurado Farah em janeiro de 1993 para uma cirurgia de redução de mama. Dias antes da operação, Sandra foi atendida pelo médico, que lhe mostrou uma parede cheia de quadros sobre especialização em cirurgia plástica e disse que deixaria seu corpo muito bonito. "Tomei anestesia para a correção e lembro que ele encostou seu rosto no meu, me beijou na boca e molestou algumas partes do meu corpo." Ela pensou que fosse "alucinação da anestesia" e voltou duas vezes à clínica para reclamar da cirurgia, que não fora do seu agrado. Reclamou ainda do tratamento inadequado do médico. "Ele reduziu as minhas mamas em excesso. Prometi que o denunciaria ao Conselho Regional de Medicina, mas não o fiz." Farah, segundo Sandra, negou que a tivesse beijado e passado as mãos em seu corpo, dizendo que ela "estava delirando". Silmara Marin, de 32 anos, também disse ter sido vítima de Farah, em outubro de 1999. Por indicação de um amigo, procurou o consultório para uma lipoaspiração. "Ele disse que iria fazer em três etapas. Trabalhou sozinho, sem enfermeira, e fez coisas comigo que tenho vergonha de contar. Na segunda ida ao consultório, minha mãe me ouviu falar alto para ele não me tocar e bateu na porta da sala de cirurgia. Ele disse que estava tudo bem." Silmara informou ter sido obrigada por Farah a assinar um documento afirmando que fora bem tratada e que nada tinha a reclamar.

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