Quatro presídios do Amazonas terão visitas suspensas por mais 30 dias

Suspensão inicial ocorreu depois de massacre que deixou 55 detentos mortos; defensor público geral do Estado é contra prorrogação

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Por Redação
Atualização:

A Seap, Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas, decidiu por mais 30 dias de visitas suspensas em quatro unidades prisionais do estado: Compaj, UPP, Ipat e CDPM1. A suspensão inicial ocorreu depois do massacre, no fim de maio, que deixou 55 detentos mortos.

Complexo Penitenciário Anisio Jobim (Compaj) foi um dos locais onde ocorreu o massacre Foto: Daniel Teixeira/Estadao

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A prorrogação da suspensão de visitas, autorizada pelo Tribunal de Justiça do estado, também inclui a proibição de entrega de materiais de higiene. O defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa, é contrário à prorrogação da suspensão de visitas.

Nas últimas três semanas, a Defensoria Pública do Amazonas realizou três mutirões no Ipat, o Instituto Penal Antônio Trindade. Cerca de 400 detentos foram atendidos. Barbosa observa que muitos deles já estão pela segunda ou terceira vez na unidade e retornaram condenados por crimes mais graves, o que revelaria falha nas políticas de ressocialização.

A partir do dia 10 de julho, a Defensoria Pública do Amazonas vai prestar assistência jurídica em todas as unidades prisionais de Manaus.

Massacre de maio

Uma briga interna na organização criminosa Família do Norte (FDN), no final de maio, deixou um total de 55 mortos em quatro presídios de Manaus em menos de 48 horas. As execuções ocorrem em meio a uma disputa entre líderes da facção pelo comando do grupo.

Uma força-tarefa de intervenção penitenciária do Ministério da Justiça foi enviada para o Estado por 90 dias. Os agentes exercem atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos. / Com informações da Agência Brasil

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