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Queda de monomotor mata seis no AM

Secretária de Educação do Amazonas está entre vítimas; pane aconteceu após decolagem

Por Eduardo Reina
Atualização:

 

 

MANAUS - Um avião monomotor caiu na tarde desta quinta-feira, 13, no bairro Zumbi, zona leste de Manaus, no Amazonas. Seis pessoas que estavam a bordo morreram, entre eles a Secretária de Educação do Amazonas, Cínthia Régia Gomes do Livramento. Todas as vítimas eram funcionários da secretaria.

 

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Segundo relatos ouvidos pelos bombeiros, o Sêneca de prefixo PT-EJU da CTA Cleiton Táxi Aéreo apresentou pane cerca de 15 minutos após decolar do Aeroclube de Manaus, distante cerca de 50 quilômetros do local do acidente. A aeronave, que ia para o município de Maués, localizado a 356 quilômetros da capital, caiu às 14h40 (horário local), segundo a Secretaria de Educação do Amazonas, em um terreno baldio atrás de uma escola e de um terminal de ônibus. O bairro é um dos mais povoados da cidade.

 

No início da noite, técnicos do Centro Regional de Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa) estiveram no local e recolheram partes da fuselagem do avião. Um pequeno guindaste foi usado para recolher em um caminhão as partes maiores. O laudo sobre o acidente deve sair em até 90 dias.

 

Segundo a CTA Cleiton Táxi Aéreo, cerca de cinco minutos depois de decolar, o piloto avisou que estaria retornando ao aeroporto, sem dar maiores informações.

 

A secretária e os funcionários viajavam para implantar um projeto pedagógico em escolas de Maués. O piloto, Miguel Vaspeano Lepeco, de 52 anos, tinha mais de 25 anos de experiência, de acordo com a empresa. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os corpos estavam entre total e parcialmente carbonizados. A Aeronáutica irá investigar a causa da tragédia

 

Pelo Twitter, o governador do Amazonas, Omar Aziz, anunciou luto oficial no Estado de três dias pela morte da secretária, dos servidores Karla Patrícia Souza Azevedo, Eliana Soares Pacheco e Maria Suely Costa Silva e do fotógrafo da assessoria de comunicação do governo, Marivaldo Couteiro Oliveira.

 

Explosão. A moradora de uma casa cujo quintal faz fundos ao terreno da escola, dona de casa Branca Silva, disse ter ouvido uma explosão muito alta. "Achava que era um carro batendo e explodindo dentro de minha casa, parecia muito próximo. Logo depois os vizinhos gritavam que tinha um avião pegando fogo no meio do terreno da escola e fui olhar pelo muro do quintal", contou.

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Outra moradora, Terezinha Tavares, afirma que chegou a ver uma pessoa saindo em chamas de dentro do avião e caindo logo em seguida. "Logo depois da explosão e do fogo, a fumaça era muito alta", disse.

 

O dono da emprexa de táxi aéreo, Cleiton de Souza, disse que a última revisão da aeronave foi realizada em 16 de março. "Foi a revisão das 100 horas", contou. A avião tinha capacidade para piloto e cinco passageiros e pertencia a uma outra empresa, a JVC, e era sempre utilizado pela CTA. Foi fabricado pela Embraer em 1979. "Acompanhamos de perto a manutenção. Não tenho ideia do que aconteceu", afirmou.

 

Este é o segundo acidente com aviões desse porte nesta semana. Na segunda-feira, um homem ficou ferido após fazer um pouso forçado em um canavial, em Itápolis, no interior de São Paulo.

 

 

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