Queirós Galvão é multada por vazamento

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Por Agencia Estado
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A construtora Queirós Galvão foi multada neste sábado em R$ 98 mil pelo vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) em um duto da Petrobrás no km 20 da rodovia Castelo Branco. A construtora é contratada pelo governo do Estado para as obras do Rodoanel. Foi um bate-estaca da empresa que perfurou o duto. Após uma explosão, o GLP vazou por três minutos. "Não vou discutir os critérios da Secretaria do Meio Ambiente e da Cetesb. Eles entenderam que, como o bate-estaca pertencia à construtora, ela é que devia ser multada", disse o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Michael Zeitlin. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, nada impede que a Petrobras seja multada, caso as investigações sobre o vazamento demonstrem a existência de culpa da empresa no episódio. A Queirós Galvão pode recorrer da multa, que é a máxima prevista pela legislação ambiental. A Dersa, órgão do Estado que contratou a Queirós Galvão, e a Petrobras, montaram uma comissão de técnicos para investigar o vazamento de gás. Em dez dias eles devem apresentar um relatório com suas conclusões. "A máquina não devia estar trabalhando naquele lugar", afirmou o diretor de engenharia da Transpetro (subsidiária da Petrobras), Wong Loon. Loon afirmou não querer polemizar com o governador Geraldo Alckmin, que apontou uma falha nos mapas da Petrobras sobre a localização do duto como a causa do acidente. "E onde estavam os fiscais da Petrobras que deveriam acompanhar a obra?", perguntou o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo. Para Zeitlin, no entanto, é precipitado tentar achar um culpado. Neste sábado de manhã não havia mais riscos de explosão no local. A Cetesb monitorou vários pontos para verificar a concentração de gás. Às 9 horas, a Petrobras começou a esvaziar os resíduos que deveriam ainda existir no duto danificado. No começo da tarde os técnicos da empresa iam introduzir uma espécie de torpedo na tubulação para concluir esse trabalho. O torpedo retiraria o gás armazenado nos pontos mais altos da tubulação, expulsando-o para fora do duto. Por causa dessa operação, as pistas expressas e a marginal interior-capital da Castelo que haviam sido liberadas para o tráfego nesta sexta-feira à noite, deveriam ser fechadas novamente por cerca de 30 minutos. Somente após o término desse trabalho é que a construtora, a Petrobras e a Dersa iam começar a buscar os cerca de 2 mil desabrigados que estavam em 12 hotéis, escolas e em casas de familiares para que retornassem às suas residências, de onde haviam sido retirados nesta sexta-feira pela Defesa Civil por causa do risco de explosão. O secretário dos Transportes afirmou que a volta dos moradores e a liberação de todas as pistas da Castelo, inclusive a da Marginal sentido capital-interior, deveriam acontecer até o começo da noite deste sábado. Loon, diretor da Petroforte, afirmou que no máximo em uma semana o duto estaria restaurado. Ele afirmou que os trabalhos de reparos no duto poderiam ser concluindo neste sábado mesmo ou em no máximo uma semana. Tudo ia depender do estado em que o bate-estaca deixou a tubulação. A máquina não havia sido retirada do local até a tarde de ontem. Somente com a saída dela, é que seria possível saber a extensão dos danos causados.

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