Quem critica não viu autos, diz procurador

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Por Leandro Colon
Atualização:

ENTREVISTACelso Leal, Procurador da República no AmapáQual o balanço da operação?A operação, de maneira geral, foi positiva. Todos os objetivos foram alcançados. Foi interessante expor o esquema dentro do ministério, a Controladoria-Geral da União está apurando. Apesar de terem sido soltos, os servidores estão afastados.Qual sua opinião sobre as críticas à operação? O governo tem dito que algumas prisões foram excessivas. Houve excesso?Não acho que houve excesso. Todos os que foram presos, de uma maneira ou de outra, tinham envolvimento com a fraude. Então, como é uma prisão cautelar, a função foi cautelar, com o objetivo de afastar essas pessoas do ministério para que as investigações fossem concluídas. De antemão, por se tratar de prisão cautelar, todos os objetivos foram cumpridos. Mas o que sr. pensa dessas críticas? Há setores dentro do governo que falam em operação "atabalhoada"...É interessante que as críticas partem de pessoas que não têm conhecimento, não têm acesso aos autos. A decisão da Polícia Federal foi num sentido, o parecer do Ministério Público também, assim como a Justiça. Três órgãos independentes com decisões no mesmo sentido. Em relação a uso de algemas, a PF já deu justificativas plausíveis em relação a normas de segurança. O que o sr. achou da divulgação das fotos dos presos sendo identificados na penitenciária?Causa um mal-estar. É divulgação indevida, uma coisa que ninguém quer. É uma exposição inadequada da imagem de pessoas que estão sendo investigadas. Nem se fossem condenadas caberia a divulgação dessas fotos.

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