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Racionamento de energia reduz a oferta de água

Empresas municipais de saneamento começam a reduzir a distribuição de água à população, para poupar energia.

Por Agencia Estado
Atualização:

O racionamento de energia elétrica está provocando também a falta de água para os moradores de Jaú. Isso porque a segunda estação de tratamento de água do município, inaugurada no ano passado, recebeu da Companhia Paulista de Força e Luz a instrução para economizar 10% em relação ao seu consumo anterior de eletricidade. Com isso, em vez de funcionarem durante as 24 horas do dia, as bombas do sistema passam de 2 a 3 horas desligadas durante o período, e a produção de água cai, de 14,8 mil para 13,3 mil metros cúbicos ao dia. Segundo a engenheira Luciana Segato, operadora da estação, a falta de água ainda não é sentida em larga escala pela população porque, na mesma onda da economia de eletricidade, os consumidores passaram a economizar água também. Mas ela já detecta algumas reclamações de moradores de pontos mais críticos da cidade. O diretor técnico do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaú, Antonio Luiz Basílio, disse que a autarquia municipal estuda a realização de manobras para evitar que a falta de água causada pela interrupção do bombeamento cause problemas maiores aos consumidores. Em Barra Bonita, distante 20 quilômetros de Jaú, a autarquia municipal de água vem mantendo as bombas desligadas diariamente das 14 às 18 horas desde o começo do racionamento de energia, para atender à meta de 20% de economia estabelecida pelo governo federal. Paralelamente, vem fazendo campanha junto à população para a economia de água. Várias cidades da região central do Estado, que mantêm serviços de água e esgoto municipalizados, passaram a restringir o funcionamento das bombas para se enquadrarem ao racionamento energético. Isso, no entanto, não vem ocorrendo com a empresa estadual Sabesp, que aguarda maiores informações para depois aderir ou não à economia de eletricidade. A assessoria de imprensa da estatal de saneamento lembra que o setor é essencial e, por isso, não deve ser incluído no racionamento, mas informa que a direção aguarda um parecer oficial para depois posicionar todas as unidades sobre o assunto.

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