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Rapaz acusado de abusar de duas crianças durante missa

Por Dulcinéia Azevedo
Atualização:

As meninas B.N.R., de 7 anos, e T.O.G., de 9, afirmam ter sido vítimas de atentado violento ao pudor dentro do banheiro da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, no centro da cidade, quando ocorria a celebração da missa de ontem. O acusado é Marcelo Sampaio de Amaral, de 27, liderança jovem bastante conhecida pela comunidade católica. Na tentativa de abafar o caso, o padre Asfury Figueiredo encerrou a missa às pressas e bloqueou por mais de duas horas a entrada da polícia. Os policiais só conseguiram entrar após pressão de familiares revoltados e de integrantes da própria Igreja, que convenceram o padre a ceder. "Nunca esperei isso do padre Asfury. Ele tinha a obrigação de entregar o acusado à polícia. Até porque não é a Igreja Católica que brada para todos os cantos que defende os direitos humanos e cuida das criancinhas?", perguntava, indignada, Maria José de Oliveira, mãe da menina de 9 anos. Segundo ela, as meninas estavam na sala de ensino infantil, para onde as crianças são levadas no momento da pregação. Foi lá que encontraram Marcelo. Se dizendo professor da noite, ele atraiu as duas até o banheiro e fez com que vestissem um biquíni de cor vermelha, sob pretexto de que seriam premiadas caso fizessem tudo direitinho. "Ele disse que eu ia ganhar um presente e começou a me tocar", contou a menina de 7 anos, durante registro da ocorrência na Delegacia Especializada de Proteção à Mulher, onde está sendo apurado o caso. A denúncia chegou à Central de Informações da Polícia Militar do Acre de forma anônima, por volta de 20h30. No mesmo momento, o atendente passou a ocorrência via rádio a policiais plantonistas. Um PM que estava à paisana na igreja iniciou a averiguação e localizou o acusado ainda com as crianças, chamando reforço em seguida. O pai de uma das crianças trabalha como vigia no local. Na delegacia, um tio do acusado disse em conversa informal que ele sofre de perturbação mental, mas que os familiares nunca imaginaram que ele fosse capaz de algo do tipo. Até a manhã de ontem, o bispo de Rio Branco, d. Joaquim Pertinez, não havia se pronunciado. O expediente em seu palácio está suspenso até quarta-feira.

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