Rapaz passa a noite preso em agência bancária

PUBLICIDADE

Por Humberto Maia Junior
Atualização:

Nem era para ele estar lá. "Tinha saído com meu primo e a mulher dele para comprar um lanche. Ela quis aproveitar a saída para depositar um cheque, mas não sabia operar a máquina do banco." Quis ser educado e se ofereceu para a tarefa: "Pode deixar que eu faço." Foi assim, no lugar e na hora errados, que começou a aventura de Bruno Oliveira Chiaretto, "o rapaz que passou a madrugada trancado sozinho no banco." A história começa por volta das 23h30 de anteontem na agência do Banco Real no centro de São Carlos. A porta da agência aberta, como era de se esperar, e Bruno entrou. Foi direto ao caixa. As máquinas não funcionavam. Deu meia volta. Como não era de se esperar, encontrou a porta fechada. "Será que pensam que sou ladrão, e um mecanismo de segurança foi acionado?", pensou. "Me deu uma fobia ao me ver preso ali dentro, com um monte de máquinas." Pegou o celular, a bateria quase acabando. Ligou para o irmão. Notando a demora de Bruno, o primo foi até a porta. De fora, tentava acalmá-lo. "Eu ouvia o que ele me dizia. Mas ele não me ouvia." PMs foram chamados, mas nada podiam fazer. Bruno sentia sede e fome. Comeu biscoitos passados por debaixo da porta e bebeu refrigerante por um canudinho que cabia no vão. "Tava meio zonzo. Muito calor." Sentou-se no meio na agência. Começou a pensar na situação. Começava a ver o lado cômico. "Primeiro vem a preocupação. Depois comecei a levar ?de boa?." No relógio, as horas passavam: 0h30, 2h45, 4h50... Por volta das 5h h, o gerente da agência chegou com a chave salvadora. "A primeira coisa que fiz foi respirar profundamente. Já estava sentindo falta de ar." Em seguida, foi para a casa, comeu o sanduíche comprado à noite. Foi aí que ele pôde pensar: "Sozinho não entro nunca mais." O Banco Real prometeu apurar o fato.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.