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Rapaz vítima de explosão em bueiro vai ser indenizado em R$ 30 mil no Rio

Companhia de gás recorreu, mas Justiça manteve decisão; jovem teve queimaduras de 2º grau em 2007

Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - A Companhia Estadual de Gás do Rio (CEG) foi condenada a indenizar em R$ 30 mil um rapaz vítima da explosão de um bueiro, em 2007, no centro do Rio. Rafael Gomes Penelas, de 19 anos, andava pela Rua Araújo Porto Alegre e foi atingido pela labareda da explosão. Ele sofreu queimaduras de 2º grau no rosto e no braço direito, e teve de ser internado no Centro de Tratamento de Queimados do hospital municipal Souza Aguiar, também no centro.

 

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Na semana passada, o juiz da 4.ª Vara Empresarial, Mauro Pereira Martins, homologou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre Ministério Público do Estado (MP-RJ) e CEG, que prevê multa de R$ 100 mil para cada explosão de bueiro na cidade. Acordo semelhante já havia sido firmado pelo MP-RJ, e homologado pelo juiz, com a concessionária de energia elétrica Light.

 

Como o acidente que feriu Rafael ocorreu antes do TAC, a multa não será aplicada. A sentença, de 20 de julho do ano passado, foi mantida em 2º instância, na sessão na terça-feira, e a informação foi divulgada nesta segunda-feira, 15, pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

 

Segundo o TJ-RJ, a companhia, em sua defesa, "tentou culpar a concessionária de energia Light, visto que, segundo a empresa, o evento decorreu de uma centelha produzida pela rede elétrica. A alegação, no entanto, foi rejeitada".

 

O relator do processo, desembargador Jorge Luiz Habib, da 18ª Câmara Cível do TJ do Rio, citou o convênio homologado pela Justiça entre as concessionárias CEG e Light para inspeção, em ação conjunta, em caixas e galerias subterrâneas. Segundo ele, por isso, ambas "responderão solidariamente pelos danos causados".

 

Fiscalização. O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, disse hoje que vai aumentar o número de equipes que realizam o monitoramento de bueiros com risco de explosão na cidade.

 

Na sexta-feira, 12, primeiro dia de trabalho, as equipes realizaram 154 inspeções em Copacabana, na zona sul, e no Centro.

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O objetivo, segundo o secretário, é conseguir 500 inspeções por dia. O monitoramento foi definido a partir de um acordo entre prefeitura do Rio, governo estadual, MP-RJ e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RJ).

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