Rebelião da Febem Tatuapé mobilizou 576 internos

Segundo a Febem, o motim deixou 18 feridos, sendo 13 internos e 5 agentes. Eles foram levados para receberem atendimento no Pronto Socorro Tatuapé

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Por Agencia Estado
Atualização:

A rebelião no Complexo Tatuapé da Febem, que acabou por volta das 8 horas desta quarta, 5, com a invasão da Tropa de Choque, mobilizou 576 internos, que fizeram 26 agentes reféns. Segundo a Febem, o motim deixou 18 feridos, sendo 13 internos e 5 agentes. Eles foram levados para receberem atendimento no Pronto Socorro Tatuapé. Segundo informou a assessoria da instituição, apenas um funcionário ficou gravemente ferido. Na noite de ontem, ele pulou o muro do complexo para não ser feito refém e acabou quebrando uma perna. Os policiais usaram helicópteros para descer no telhado da instituição dando tiros de advertência. Um policial acabou caindo e se ferindo. Cerca de 200 PMs participaram da operação. Briga Não houve fugas, segundo a Febem. Segundo a Fundação, o motim começou quando dois menores da ala 12 iniciaram uma briga, que acabou se generalizando pelo Complexo, que tem 23 alas, sendo que apenas 15 estão funcionando, abrigando 1.200 adolescentes. Os adolescentes subiram nos telhados e atearam fogo em colchões e foi necessária a presença dos bombeiros na unidade. Uma hora e meia após o início do motim, os menores tentaram uma fuga, mas foram impedidos por policiais da 4ª Companhia do 8º Batalhão, que cercaram o complexo. Desativação Na semana passada, quando ainda era governador do Estado, Geraldo Alckmin participou do início do processo de desativação do complexo Tatuapé da Febem. O espaço será transformado em parque. O ex-governador informou que o parque será implementado em duas etapas. A primeira fase está localizada na área que fica de frente para a Avenida Celso Garcia e ao lado da Polícia Militar. A previsão é que a demolição da unidade seja concluída em 90 dias e a construção do parque, em fase de licitação, deve começar em junho. O novo modelo que o governo do Estado quer para a Febem é o baseado na descentralização, com unidades pequenas, construídas de preferência nas cidades de origem dos jovens e onde possam ser aplicadas medidas socioeducativas. As visitas dos pais aos menores infratores ficaria muito mais facilitada.

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