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Rebelião de Manaus termina após reféns serem libertados

Duas pessoas morreram e outras dez ficaram feridas durante o motim, que começou na tarde de segunda

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Quatro reféns foram libertados por volta das 8h30 desta terça-feira, 25, pelos cerca de 500 presos do Instituto Penal Antonio Trindade, em Manaus, e a rebelião no presídio chegou ao fim. Segundo a Polícia Militar do Estado, um preso, dois professores e um agente penitenciário ainda eram mantidos reféns na prisão, porém ainda não havia informações sobre o estado de saúde das vítimas.   Pelo menos duas pessoas morreram no presídio na manhã desta terça durante a rebelião, que começou na tarde de segunda-feira, 24. Além disso, dez pessoas teriam ficado feridas e sido encaminhadas a prontos-socorros da cidade. Informações da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas confirmavam apenas um morto durante o motim, contudo, um porta-voz da Polícia Militar diz que duas pessoas morreram. Após o fim da rebelião, os presos foram encaminhado para as celas para que uma recontagem fosse feita.   O motim teve início durante uma aula de educação física para os detentos, que também aproveitaram um mutirão para a retirada de documentos - como Certidão de Nascimento e CPF - para fazer os reféns. Depois de fazerem seis reféns, os presos atearam fogo em colchões, móveis e outros materiais inflamáveis.   Os detentos exigem maior rapidez na tramitação de seus processos, maior tempo para visitas e banhos de sol e melhorias na alimentação e nas condições de higiene. Uma comissão formada por dois coronéis da PM, e representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Tribunal de Justiça (TJ-AM) negocia a liberação dos reféns e o fim da rebelião.

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