Rebelião de presos em Jundiaí pode ter feito seis mortos

Dois carcereiros e duas investigadoras continuam em poder dos cerca de 480 rebelados. Essa é a 6ª rebelião no Estado de São Paulo nos últimos três dias

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Por Agencia Estado
Atualização:

A rebelião de presos que teve início às 13 horas de quarta-feira na Cadeia Pública de Jundiaí, interior de São Paulo, pode terminar com um total de pelo menos 6 presos mortos. A informação partiu da própria Polícia Civil de Jundiaí, que deverá divulgar dados concretos nas próximas horas. Carros de cadáveres foram enviados na madrugada desta quinta-feira para a cadeia. Dois carcereiros e duas investigadoras continuam em poder dos cerca de 480 rebelados. Essa é a 6ª rebelião no Estado de São Paulo nos últimos três dias. Inicialmente eram cinco os reféns, mas uma carcereira foi libertada uma hora após o início das negociações e teve de ser levada para o Hospital Municipal de Jundiaí, devido a abalo emocional. A exemplo dos detentos de outras quatro rebeliões, nenhuma reivindicação foi apresentada pelos presos. Titular da DIG comanda negociações As negociações com os amotinados, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, estão sendo conduzidas pelo delegado-titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Paulo Sérgio Martins, e pelo delegado da Cadeia Pública, Fernando Ivanada. Mais de 50 homens da Polícia Militar e da Guarda Municipal da cidade foram acionados para fazer o isolamento externo da cadeia. A Tropa de Choque de Campinas também foi colocada de prontidão para apoio no caso de emergência. Os presos demoliram paredes, destruíram móveis e queimaram colchões. A penitenciária fica nos fundos da DIG e os policiais chegaram a sentir os abalos das paredes destruídas pelos amotinados. A primeira rebelião da série, segunda-feira na Penitenciária Odon Ramos Magalhães, em Iperó, interior de São Paulo, deixou 22 feridos e só foi controlada com a entrada da tropa de choque da Polícia Militar. Os presos reclamaram de maus-tratos e superlotação. Desde então, eclodiram sucessivos motins em Caiuá, na região de Presidente Prudente, e em Mauá, Mogi das Cruzes e Franco da Rocha - cidades da Grande São Paulo.

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