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Rebelião deixa quatro presos mortos em Cuiabá

Por Agencia Estado
Atualização:

Quatro presos foram mortos e dois ficaram gravemente feridos hoje pela manhã durante um motim no presídio do Carumbé, em Cuiabá. A briga entre os presos de duas alas teria sido motivada pelo tráfico de drogas e ciúmes. Os quatro detentos mortos, Enock Malaquias, Adelino Arruda, José Wellington e Edmilson Carmo Rosa, cumpriam pena pelos crimes de estupro e homicídio. Eles foram assassinados a golpes de chuços (arma artesanal com ponta de ferro), pauladas, socos e pontapés. O assessor de comunicação de Polícia Militar, tenente-coronel Evandro Medeiros descartou a possibilidade do motim ter sido provocado por líderes de organizações criminosas existentes nos presídios. "Vamos identificar os nomes de quem causou a briga e analisar caso a caso para em seguida separá-los", disse ele. A direção do presídio informou que o preso Edmilson do Carmo Rosa foi morto porque havia assediado a esposa de um dos detentos. Na regra carcerária, esse tipo de atitude é respondida com agressão. Já os outros três detentos estavam devendo para fornecedores de drogas no presídio. Relatório preparado no ano passado pelo deputado estadual Gilney Viana (PT) denunciou facilidades para entrada de drogas no presídio do Carumbé, inclusive com a conivência de agentes penitenciários. No entanto, mesmo depois das denúncias, os presos continuam adquirindo drogas e armas com facilidade. O secretário estadual de Justiça, Trabalho e Cidadania, Hermes de Abreu, não foi localizado para falar sobre o assunto. No momento em que teve início o motim, ele participava de uma reunião em Brasília com o ministro da Justiça, José Gregori. Em pauta, a crise do sistema penitenciário, transferência de presos e desarticulação de organizações criminosas existentes nos presídios brasileiros.

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