Rebelião em MS termina com um preso decapitado

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Por Agencia Estado
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Terminou a rebelião de presos no Estabelecimento Penal de Paranaíba, cidade no leste de Mato Grosso do Sul, a 240 quilômetros de Campo Grande. O motim, que começou por volta de 16h30 de domingo, durou 25 horas. O preso Isalino Alves foi decapitado e seu colega Fábio Antônio Alves acabou queimado e internado com 70% de queimaduras de terceiro grau no corpo. Várias dependências do presídio foram depredadas. O agente penitenciário Carlos Vagner dos Santos foi feito refém, ao lado de seis presos, cinco deles amarrados em botijões de gás. No começo da rebelião, 22 detentos conseguiram fugir do local e pediram proteção na Delegacia de Polícia Civil. Disseram que faziam parte de um grupo jurado de morte no local. O diretor do estabelecimento, José Carlos Marques, confirmou informações da Polícia Militar, esclarecendo que a rebelião foi liderada pelo narcotraficante Eliezer Vieira Povoas. Todas as reivindicações feitas pelos chefes do motim teriam sido atendidas no fim da tarde e os reféns acabaram liberados. As negociações entre os 102 rebelados e as autoridades demoraram cerca de três horas. A primeira exigência atendida foi a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Agência de Administração do Sistema Penitenciário no local, além de jornalistas. Da lista de reivindicações ao governo do Estado também constariam a transferência dos 19 líderes da rebelião para três cidades de Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, Cassilândia e Campo Grande. Eliezer Povoas foi para o presídio de Três Lagoas, conforme desejava.

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