Rebelião em presídio da Bahia já dura mais de 24 horas

Um detento foi morto até agora e outros três continuam reféns; as negociações ainda estão em andamento

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

São Paulo, 8 - Um grupo de detentos do Conjunto Penal da cidade de Serrinha, na Bahia, permanecem rebelados há mais de 24 horas e mantendo três detentos reféns, segundo confirmou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado.

 

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Os 25 presos se rebelaram por volta das 7h30 desta segunda-feira, 8, quando conseguiram danificar o sistema de abertura das celas do mini pavilhão, chamado de seguro, segundo a Secretaria.

 

No início da rebelião, a direção do Conjunto Penal isolou os rebelados que se encontravam na área do seguro (espécie de mini pavilhão, com oito celas, onde ficam os internos mais perigosos e, numa cela separada, os que são ameaçados de morte), além de reforçar a segurança externa.

 

Na cela SE-04 estavam quatro ameaçados de morte: Alex Brito da Silva, Márcio Gledson Pinheiro Costa, Antonio Rodrigues de Souza e Joselito Alves da Silva. Os rebelados danificaram o sistema de automação das portas, conseguiram abrir a cela SE-04 e mataram o interno Joselito Alves da Silva, conhecido como Carioca. Ainda não se sabe de que forma ele foi assassinado. Outros três detentos foram feitos reféns.

 

Catorze dos rebelados acusados de integrarem a quadrilha de Cláudio Campanha pedem a transferência para a Unidade Disciplinar, em Salvador, de onde foram transferidos no dia 1 de setembro do ano passado.

 

O Secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino já adiantou que esta reivindicação não será atendida e que logo após resolvida a rebelião será instaurado inquérito para apurar a morte do interno.

 

As negociações para o fim da rebelião, que foram suspensas as 21 horas de ontem, foram retomadas às 6 horas de hoje e por volta das 10 horas ainda não estava encerrada, segundo a secretaria.

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