RIO BRANCO - O saldo da rebelião desta quinta-feira, 20, no presídio Francisco D’Oliveira Conde foi de quatro detentos mortos, 20 feridos e dois agentes penitenciários presos, acusados de ceder intencionalmente duas armas aos presos.
O cenário era de muita tensão. As ameaças divulgadas em redes sociais por lideranças de facções criminosas se concretizou de forma concentrada no presídio. A rebelião aconteceu em três pavilhões, em uma briga entre as facções PCC e Bonde dos 13 unidas contra o Comando Vermelho.
Durante o dia, ocorreram ao menos 11 mortes com características de execução, inclusive com duas pessoas decapitadas, na periferia de Rio Branco. A capital teve uma noite atípica: ruas vazias além do normal, postos de gasolina fechados e uma escola pública incendiada.
O governador do Acre, Tião Viana, em entrevista coletiva após controle da situação dentro do presídio por parte do Bope, voltou a criticar o Governo Federal pela falta de prioridade do combate ao tráfico de drogas em região de fronteira.
Após críticas feitas no início da semana, o governador revelou, na quinta-feira, 20, que o Governo Federal liberou R$ 3 milhões para a área de Segurança Pública. A verba é do Fundo Penitenciário.
A presença de 25 integrantes do Comando Vermelho no Acre, vindos de outras regiões do País, é acompanhada pelo Serviço de Inteligência. “O trabalho de inteligência das polícias continua muito avançado”, revelou o governador.